Primeiro Neymar, com 4,083 milhões de euros brutos por mês. Logo a seguir Lionel Messi, 3,375 milhões. E a fechar o pódio Mbappé, 2,2 milhões. E todo o top 10 preenchido por companheiros de equipa, com a dupla Marquinhos e Verrati a destacar-se com 1,2 milhões cada mas Hakimi, Keylor Navas, Di María, Wijnaldum e Donnarumma também não ficam nada mal nesta fotografia, com esse ponto importante de três dos elementos terem chegado a custo zero este verão ao Parque dos Príncipes, num investimento que não foi tão visível a nível de compra de passes mas que se fez sentir muito na folha salarial do clube.

Ganhar a Ligue 1 era uma espécie de objetivo mínimo que na última época fugiu perante a surpreendente caminhada do Lille que só acabou com o título. Essa fasquia, pelo menos essa, o PSG cumpriu, carimbando a reconquista do Campeonato de França. Mas até num dia onde a festa já estava preparada perante aquilo que era mais do que óbvio a equipa falhou: Lionel Messi adiantou a equipa a meio da segunda parte (68′) quando os parisienses já jogavam contra menos um mas Corentin Jean deu o empate ao Lens (88′). Com isso, e mesmo com o título, as bancadas do Parque dos Príncipes não demoraram a ficar despidas…

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Ganhar o Campeonato é sempre um momento de celebração, mesmo sendo o sétimo nos últimos nove anos (o outro a furar o domínio foi o Mónaco de Leonardo Jardim e… Kylian Mbappé) e o décimo na história do conjunto de Paris. Ainda para mais tratando-se do único título da época, após a derrota na Supertaça, a eliminação na Taça de França e a queda num par de minutos dos oitavos da Champions frente ao Real. No entanto, é agora que os verdadeiros “títulos” começam a ser discutidos. E não são assim tão poucos.

Logo à cabeça, a situação de Kylian Mbappé, à beira de terminar contrato. Para muitos (ou quase todos) o avançado já se terá comprometido com o Real mas o PSG continua a forçar para poder manter ainda o seu avançado com um chorudo ordenado que o colocaria acima de todos os outros na supracitada lista. Há uma coisa que é certa: caso o internacional saia mesmo, os franceses abdicaram de 200 milhões de euros (valor da última proposta que receberam no verão) para aguentar o jogador numa época com um só título.

Depois, o que fazer com as outras maiores estrelas. O rendimento de Neymar tem caído a pique a cada ano que passa e Messi não foi propriamente o jogador que sempre mostrou ser no Barcelona, quase como se uma parte do jogador sete vezes melhor do mundo tivesse permanecido na Catalunha. E ainda há o óbvio problema na baliza com dois “titulares”, a desilusão de jogadores como Wijnaldum, Hakimi ou Icardi e alguns ajustes que continuam por fazer no plantel como a necessidade de reforço do corredor central.

Por fim, a parte técnica e a política desportiva. Se é certo que Mauricio Pochettino não só perdeu todo o crédito no Parque dos Príncipes como acabou por beliscar a sua imagem ao ponto de ter sido ultrapassado na corrida ao Manchester United, Leonardo deixou há muito de ser uma figura querida junto dos adeptos e o próprio Nasser Al-Khelaïfi, presidente do clube, viu os adeptos pedirem a sua demissão. Com mais uma época de falhanços, há pouca margem para não acertar. E o dinheiro não é algo que compre tudo…