A defesa de João Rendeiro, antigo banqueiro e administrador do BPP detido na África do Sul quando estava fugido à justiça portuguesa, apresentou um relatório médico que indica que este padece de problemas cardíacos, como argumento para que possa aguardar a decisão judicial sobre o seu processo de extradição em liberdade.

A notícia é avançada pelo jornal Público, que dá outro detalhe relevante: o primeiro relatório médico enviado à justiça, que detalha os alegados problemas cardíacos de Rendeiro, foi assinado por um psiquiatra que a Ordem dos Médicos chegou a tentar expulsar (sem sucesso).

Esse psiquiatra — João José Vasconcelos Vilas Boas — chegou a ser condenado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a pagar 100 mil euros a uma paciente que o acusou de ter feito sexo com ela sem consentimento, escreve o Público. Nesse processo terá sido absolvido do crime de violação (pelo Tribunal da Relação do Porto) mas foi condenado na parte cível pelo STJ, como noticiou a Agência Lusa.

O relatório assinado por este psiquiatra é um dos elementos que a defesa de Rendeiro pretende usar para alegar que o antigo banqueiro deveria esperar pela decisão sobre a sua extradição em liberdade, de modo a viver em condições mais seguras do ponto de vista sanitário e por forma a poder continuar a fazer exercício físico que atenue o risco de vir a sofrer de problemas cardíacos.

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