794kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 70.º dia do conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 2 anos

Continuam as operações de retirada de civis de Mariupol. Já a União Europeia confirma um sexto pacote de sanções, que inclui um embargo progressivo ao petróleo russo. Investidas no leste continuam.

Continuam esta manhã as operações de retirada de civis de Mariupol
i

Continuam esta manhã as operações de retirada de civis de Mariupol

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Continuam esta manhã as operações de retirada de civis de Mariupol

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Continuam esta quarta-feira as operações de retirada de civis de Mariupol e durante a manhã foram vários os autocarros que saíram da cidade sitiada para colocar cidadãos em segurança (não é certo se essas pessoas estão a ser diretamente da fábrica de Azovstal). Zaporíjia será o ponto de destino. 

A União Europeia, por sua vez, decidiu implementar um embargo total ao petróleo russo de forma faseada, naquele que é o sexto pacote de sanções — que inclui a exclusão do sistema de pagamentos internacional SWIFT do maior banco russo, o Sberbank.

A nível tático, durante a noite de terça-feira, Lviv, no ocidente da Ucrânia, foi alvo de ataques, tendo os mísseis atingido instalações elétricas e a rede ferroviária. Mas as operações russas estão também focadas no leste do país, segundo as forças armadas da Ucrânia, que anunciaram ter repelido doze ataques em Donetsk e Lugansk, nas últimas 24 horas.

Mapa atualizada a 4 de maio

Ana Martingo / Observador

Aqui fica um ponto de situação para compreender o que aconteceu nas últimas horas. Pode também seguir as reportagens do Observador na Ucrânia, da autoria dos enviados especiais Carlos Diogo Santos e João Porfírio, assim como os desenvolvimentos, minuto a minuto, no liveblog do Observador.

O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • Foram retiradas 344 pessoas de Mariupol e dos subúrbios no dia de hoje. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, espera que os civis que ainda estão no local sejam retiradas num futuro próximo.
  • As Forças Armadas da Ucrânia anunciaram que tropas russas entraram em propriedade pertence ao complexo industrial de Azovstal, em Mariupol.
  • No entanto, as tropas russas não conseguiram entrar na fábrica metalúrgica de Azovstal.
  • Mais tarde, a Rússia anunciou um cessar-fogo na fábrica metalúrgica de Azovstal para permitir a retirada de civis. A Rússia vai abrir corredores humanitários para retirar civis da Azovstal nos próximos dias 5, 6 e 7 de maio — quinta-feira, sexta-feira e sábado.
  • Denys Prokopenko, tenente-coronel do Regimento Azov que está a defender a fábrica Azovstal em Mariupol, enviou uma mensagem através do seu canal de Telegram onde confirma os ataques russos que ocorreram ao longo deste dia na fábrica ainda controlada pelos ucranianos.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, continua a aumentar a pressão junto dos países aliados da Ucrânia, para que enviem mais armas.
  • O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que a “operação militar especial” da Rússia, principalmente em Mariupol, tem como objetivo “restaurar a paz” na cidade portuária.
  • Lula da Silva acusou o chefe de Estado ucraniano de querer a “guerra”. “Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais”.
  • A agência de notícias Associated Press fez uma investigação profunda ao bombardeamento russo a um teatro na cidade de Mariupol, a 16 de março, e concluiu que o número real de mortes será mais próximo das 600 vítimas em vez das 300 confirmadas oficialmente nos dias seguintes.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, acusou os países da União Europeia (UE) que bloquearam as importações do petróleo russo de serem “cúmplices” dos “crimes cometidos pela Rússia” na Ucrânia.
  • A Rússia invadiu o espaço aéreo da Finlândia, acusa o ministério da Defesa de Helsínquia, isto num momento em que o país se prepara para aderir à NATO.
  • A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, voltou a ameaçar a Finlândia e a Suécia, caso estes dois países decidam aderir à NATO.

O que aconteceu durante a manhã?

  • António Costa reuniu-se por videoconferência com o homólogo ucraniano e foi convidado a visitar Kiev, um convite que Costa aceitou. A data já está definida, mas só será anunciada em “momento oportuno”, indicou Costa.
  • O primeiro-ministro adiantou que quando for a Kiev vai assinar um acordo com a Ucrânia para um apoio financeiro “substancial”. Costa diz que as necessidades de financiamento mensais do país são na ordem dos 5 mil milhões de euros, o que exige esforço de toda a comunidade internacional. 
  • Essa visita a Kiev é vista por Marcelo Rebelo de Sousa como “importante para os dois países, para Portugal e para os portugueses”. O Presidente da República acredita que “faz todo o sentido” que Costa veja a situação na Ucrânia. 
  • O principal porta-voz do Kremlin defende que “é uma ideia descabida” pensar-se que a Rússia poderia estar a planear a 9 de maio fazer uma declaração formal de guerra contra a Ucrânia, o que significaria uma mobilização geral de tropas.
  • A Rússia acredita que com o embargo ao petróleo russo, anunciado esta quarta-feira, a Europa vai acabar por comprar petróleo russo através de países terceiros.“Eles dizem que não vão comprar-nos petróleo. Então não comprem, não vamos obrigar-vos a comprar nada”, comentou Vladimir Dzhabarov, um responsável do Kremlin citado pela agência russa RIA.
  • O sexto pacote de sanções à Rússia, anunciado esta quarta-feira, também deverá impedir que cidadãos russos possam comprar imobiliário na Europa, segundo a Bloomberg.
  • O presidente da câmara de Mariupol, Vadym Boichenko, disse esta quarta-feira na televisão ucraniana que continuam a decorrer ataques intensos à fábrica Azovstal, onde ainda permanecem soldados e civis ucranianos. Boichenko garantiu que as autoridades ucranianas perderam o contacto com vários dos seus soldados, bem com cerca de 30 crianças que estariam na fábrica a aguardar a retirada.
  • O governo ucraniano admite a possibilidade de a Bielorrússia se juntar à guerra, em apoio a Moscovo. O país promoveu, nas últimas horas, alguns exercícios militares justificados com a necessidade de avaliar a capacidade de resposta a eventuais “situações de crise” que possam surgir.
  • As exportações alemãs para a Rússia caíram 62% em março, para 900 milhões de euros, segundo o gabinete oficial de estatísticas da Alemanha. A quebra de quase dois terços compara com o mês anterior, o mês de fevereiro, quando a guerra começou.
  • O Patriarcado de Moscovo emitiu um comunicado onde critica abertamente o Papa Francisco, líder da Igreja Católica, e acusa-o de ter reproduzido de forma errada uma conversa que ocorreu entre os dois líderes religiosos. Em causa estão declarações do Papa Francisco, que disse que o Patriarca de Moscovo passou os primeiros 20 minutos a dar “justificações” para a guerra.

O que aconteceu durante a madrugada?

  • A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, confirmou que vai haver um embargo a todo o petróleo russo. A medida tem um período transitório de seis meses no caso do crude e vai até ao final de 2022 para os produtos refinados. Von der Leuen disse que a proibição não é imediata e não inclui o gás natural porque “para ajudarmos a Ucrânia, as nossas economias têm de continuar fortes“.
  • O novo pacote de sanções da UE, que é o sexto, inclui a exclusão do maior banco russo, o Sberbank, entre outros, do sistema de pagamentos internacional SWIFT. Também as três maiores emissoras televisivas públicas da Rússia vão ser banidas na Europa.
  • No pacote de sanções consta ainda uma proposta para identificar os responsáveis militares russos que terão liderado crimes de guerra em Bucha e o cerco a Mariupol. “Nós sabemos quem vocês são. E serão responsabilizados”, disse Von der Leyen.
  • Continuam esta manhã as operações de retirada de civis de Mariupol, com a Sky News a avançar que já saíram da cidade sitiada vários autocarros. Não é certo se estes civis saíram diretamente da fábrica siderúrgica de Azovstal.
  • Lviv, no ocidente da Ucrânia, foi alvo de ataques na terça-feira à noite e os mísseis russos terão atingido instalações elétricas, escreve também a Sky News. Parte da cidade ficou sem eletricidade e água, adianta a BBC.
  • O responsável pelos caminhos-de-ferro ucranianos, Oleksandr Kamyshin, revelou que seis subestações elétricas ao longo da rede ferroviária foram atingidas. O chefe da administração militar regional de Lviv, Maksym Kozytskyi, indicou, por sua vez, que os ataques atingiram três subestações elétricas.
  • A Bielorrússia, na fronteira com a Ucrânia e aliada de Putin, está a realizar exercícios militares de grande escala — que, segundo o ministério da Defesa bielorruso, têm como objetivo testar a rapidez de resposta de combate. O ministério assegurou que esses exercícios não constituem “nenhuma ameaça” aos vizinhos.
  • Na terça-feira, a Rússia atacou a zona da fábrica Azovstal. De acordo com declarações partilhadas no Telegram pelo capitão Sviatoslav Palamar, do batalhão Azov, morreram dois civis e outros 10 ficaram feridos.
  • Também na terça-feira à noite, Volodymyr Zelensky saudou a chegada a Zaporíjia de 156 pessoas que estiveram na fábrica siderúrgica de Azovstal. “Estiveram em abrigos por mais de dois meses. Por exemplo, uma criança de seis meses, durante dois esteve debaixo da terra, a fugir de bombas e explosões”, contou o Presidente ucraniano.
  • O Presidente dos EUA reconhece que apoiar a Ucrânia “vai ser custoso” para o país que lidera. Joe Biden defende que a alternativa era ficar impávidos perante “atrocidades e agressões”. Sobre o facto de os EUA continuarem a apoiar a Ucrânia e ser o arsenal da democracia, Biden avisou os norte-americanos que tal “não vai ser barato”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos