Um homem foi abatido a tiro pela polícia portuguesa durante a madrugada de quinta-feira, depois fazer pelo menos um refém na zona de Algés. Um dos agentes presentes no local foi ferido pelo sequestrador. Entretanto, a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) já anunciou a abertura de um inquérito para apurar em que circunstâncias morreu o homem.

“A Inspeção-Geral da Administração Interna abriu um inquérito visando apurar as circunstâncias em que elementos da Polícia de Segurança Pública efetuaram, no dia de hoje [12 de maio], em Algés, disparos com arma de fogo, dos quais resultaram a morte de um cidadão”, refere a nota do IGAI.

O indivíduo baleado seria de nacionalidade alemã, segundo a CNN Portugal. Depois de disparados tiros de aviso, a polícia acabou por atingir o suspeito na zona dos membros inferiores e abdómen, já que este terá avançado na direção das autoridades. A CNN, que cita fonte da PSP, diz que o homem se encontrava alcoolizado e tentou entrar numa vivenda, depois de arrombar a porta, com várias facas, para fazer um refém. Já o Correio da Manhã diz que a vivenda em questão era um hostel e que foram várias as pessoas que foram feitas reféns.

O Observador tentou confirmar estes detalhes junto da PSP, mas foi remetido para a nota de imprensa.

Em comunicado enviado às redações, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP informa que o alerta foi feito pelas 4h51, através do 112. Em causa estava “a ocorrência de agressões, numa habitação situada em Algés, Oeiras”. Foram enviados para o local os meios policiais de serviço, que se encontravam mais próximos do local da ocorrência reportada, lê-se na nota.

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“Chegados ao local, os polícias depararam-se com um sequestro em curso, no interior da habitação, executado por um suspeito de grande porte físico e armado com duas armas brancas. Um cidadão sequestrado apresentava vários ferimentos graves resultantes de cortes por arma branca, infligidos pelo sequestrador”, diz a PSP.

No comunicado, o Comando Metropolitano explica que foi ativado o protocolo operacional aplicável à ocorrência — um incidente tático policial. “Foram ativados os meios especializados, nomeadamente negociadores policiais, a Unidade Especial de Polícia da PSP e os meios de socorro médico adequados.”

Segundo a PSP, foram feitas várias tentativas de dissuadir o suspeito do seu comportamento, recorrendo “a meios coercivos de baixa potencialidade letal”, que não surtiram qualquer efeito. “Por a ameaça e agressões continuarem em execução, os polícias recorreram a arma de fogo e atingiram o suspeito que, infelizmente e apesar dos primeiros socorros que lhe foram imediatamente prestados, faleceu, devido aos ferimentos sofridos.”

Um dos agentes presentes foi ferido pelo sequestrador com uma arma branca.

O Comando Metropolitano diz ainda que foi chamado o órgão de polícia competente para investigar os factos e informada a Inspeção Geral da Administração Interna. “A PSP lamenta o falecimento do atacante e apela a que todos os cidadãos cumpram as ordens legais e legítimas emitidas pelos polícias”, conclui a nota da PSP.