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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 79.º dia do conflito

Este artigo tem mais de 1 ano

Russos tentam avançar para Sloviansk e Kramatorsk, no Donbass. Ataques na Ilha da Serpente continuam. Primeiro julgamento por crimes de guerra tem lugar em Kiev a partir desta sexta-feira.

Ukrainian frontline in Donbas
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Soldados ucranianos no Donbass

Anadolu Agency via Getty Images

Soldados ucranianos no Donbass

Anadolu Agency via Getty Images

A guerra na Ucrânia continua no seu 79.º dia, com os combates a intensificarem-se no leste do país, na zona do Donbass. O exército russo está a tentar avançar em direção a Sloviansk e Kramatorsk, numa tentativa de isolar as tropas ucranianas e cortar o seu contacto com o resto do país.

Novidades também na Ilha da Serpente, que continua a ser disputada. As autoridades ucranianas dizem que danificaram um dos mais recentes navios da frota russa no Mar Negro.

Em Kiev tem início esta sexta-feira o primeiro julgamento de um militar russo por suspeitas de crimes de guerra. Vadim Shishimarin é acusado de ter morto a tiro um civil desarmado.

O que aconteceu durante a tarde e a noite:

  • O chefe da inteligência militar ucraniana, Kyrylo Budanov, assegurou que o Presidente russo, Vladimir Putin, está “muito doente” com cancro: “Está numa condição física e psicológica muito má”.
  • O ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, afirmou que a Ucrânia está a entrar “numa nova fase de guerra a longo prazo”.
  • O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que ninguém “pode prever o quão longa” a guerra no país será, assumindo que a “prioridade” é “trabalhar todos os dias” para “tornar a guerra” o mais curta possível.
  • As forças ucranianas destruíram parte de uma coluna militar russa em Donbass, enquanto as tropas da Rússia tentavam atravessar um rio.
  • O chefe da administração militar da região de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse que continuam as “negociações difíceis” para retirar soldados gravemente feridos da fábrica siderúrgica de Azovstal, em Mariupol.
  • A provedora dos Direitos Humanos ucraniana, Lyudmyla Denisova, acusou Moscovo de ser responsável pela deportação de mais de 210 mil crianças, que estarão incluídas num total de 1,2 milhões de ucranianos levados para a Rússia contra a sua vontade.
  • A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, revelou que já “há mais de 11 mil” registos de crimes de guerra, contabilizando-se 40 suspeitos.
  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mostra-se disponível para falar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, mas “apenas sem intermediários”.
  • Depois de o Pentágono ter revelado o conteúdo das conversações entre o secretário de Defesa norte-americano e o ministro da Defesa russo — as primeiras desde 18 de fevereiro —, agora o Kremlin vem confirmar que Lloyd Austin e Sergey Shoigu falaram sobre “a situação na Ucrânia”.
  • O chanceler alemão, Olaf Scholz, pediu ao chefe de Estado russo, Vladimir Putin, em contacto telefónico, um cessar-fogo na Ucrânia e rejeitou as acusações do Kremlin sobre o “nazismo” ucraniano.
  • O Presidente russo, Vladimir Putin, discutiu o tema da possível adesão da Finlândia e da Suécia à NATO com os membros do seu Conselho de Segurança, confirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
  • A adesão da Suécia à NATO é cada vez um cenário mais provável. A ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Ann Linde, defendeu no parlamento que a “adesão sueca à NATO limitaria as ações militares e teria um efeito de prevenir conflito militar no norte da Europa”.
  • O Presidente finlandês falou com Biden e planeia ligar a Putin: “Não fujo a sete pés”.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que “Portugal dará todo o apoio” a uma adesão da Finlândia à NATO “quando a questão for trazida à consideração do Parlamento português”: “Temos toda a disponibilidade para receber Finlândia como novo membro da NATO”.
  • A embaixada russa em Portugal emitiu um comunicado sobre a situação do acolhimento de refugiados ucranianos na Câmara de Setúbal por cidadãos russos, falando num caso de “russofobia” por parte dos media portugueses.
  • A região separatista da Ossétia do Sul, localizada na Geórgia, convocou um referendo para poder integrar a Federação Russa.
  • O deputado da Duma, Oleg Morozov, considera que a Polónia deve ser o próximo alvo da denazificação da Rússia.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou publicamente que a Rússia não tem qualquer intenção de cortar o fornecimento de gás à Finlândia.
  • Vadim Shishimarin, o militar de 21 anos suspeito de crimes de guerra, foi hoje formalmente acusado de dois crimes no tribunal de Kiev: homicídio e violação das leis da guerra. Shishimarin não se pronunciou, mas, ao jornal ucraniano Ukraynska Pravda, o procurador Yaroslav Ushchapivskyi comentou que o militar admitiu a sua culpa. No entanto, a sessão de hoje foi adiada para 18 de maio.
  • O Presidente turco Recep Tayyip Erdoğan declarou que não vê com bons olhos a adesão da Finlândia e da Suécia à Aliança Atlântica.
  • O ministério dos Negócios Estrangeiros russo confirmou que vai expulsar 10 diplomatas romenos e um búlgaro.
  • O chanceler alemão, Olaf Scholz, revelou há minutos no Twitter que teve hoje uma “longa chamada telefónica” com Vladimir Putin. Conversaram sobre a necessidade de haver um cessar-fogo na Ucrânia o mais rápido possível; a ideia de que os nazis estão no poder na Ucrânia é falsa; e a relevância da responsabilidade que a Rússia tem sobre a situação dos alimentos, a nível global.
  • Reino Unido anunciou uma nova ronda de sanções próximas do Presidente russo, Vladimir Putin, incluindo a ex-mulher e alguns primos.
  • As autoridades ucranianas acusam as tropas russas de terem destruído a Casa da Cultura de Dergachiv, em Kharkiv, que servia atualmente de sede à ajuda humanitária da região.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, encontrou-se esta sexta-feira com o seu homólogo bielorrusso, Vladimir Makei. O encontro teve lugar em Dushanbe, no Tajiquistão.
  • O ministro da Defesa sueco, Peter Hultqvist, pronunciou-se hoje sobre a possível adesão da Suécia à NATO: “Se a Suécia escolher aderir à NATO, há o risco de uma reação da Rússia”, disse o ministro, citado pela agência Reuters. “Deixe-me dizer que, seja qual for o caso, estamos preparados para lidar com qualquer contra-ataque.”
  • A revista New Lines teve acesso ao áudio de uma conversa de um oligarca russo, próximo do Kremlin, onde este diz que o Presidente russo está “muito doente com um cancro no sangue”.
  • As tropas russas voltaram a tentar sem êxito entrar na fábrica Azovstal, onde permanece o último grupo de combatentes ucranianos da cidade portuária de Mariupol.
  • O ministério da Defesa russo afirma que atingiu a refinaria petrolífera de Kremenchug, na Ucrânia central.
  • O representante da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou que a UE vai dar mais apoio militar à Ucrânia, no valor de 500 milhões de euros.

O que aconteceu durante a madrugada e início da manhã:

  • Arrancou o primeiro julgamento por crimes de guerra na Ucrânia. Vadim Shishimarin, sargento de 21 anos, está acusado de ter atingido a tiro um civil desarmado na cidade de Chupakhivka, na região de Sumy, a 28 de fevereiro.
  • Os combates na região do Donbass continuaram durante a madrugada. Segundo os jornalistas britânicos no local, a Rússia “está a investir esforços significativos perto de Izium e Severodonetsk, numa tentativa de conseguir avançar em direção a Sloviansk e Kramatorsk”. O objetivo será o de rodear as tropas ucranianas e assim isolá-las do resto do país.
  • Um conselheiro do ministério do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko, afirmou na quinta-feira que a Rússia “perdeu outro navio no Mar Negro” perto da Ilha da Serpente. Esta sexta-feira, as autoridades ucranianas confirmaram que danificaram o navio de apoio Vsevolod Bobrov, mas falam apenas “num incêndio”.
  • Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países do G7 (EUA, Reino Unido, Japão, França, Itália, Alemanha, Canadá) reúnem-se esta sexta-feira para discutir a situação da segurança alimentar, numa altura em que o fornecimento mundial de grãos, como trigo, está em risco. Na véspera, a Maxar Technologies divulgou imagens que mostram um navio mercante russo no porto sírio de Latakia, indiciado que os russos podem estar a desviar grãos para a Síria.
  • O Parlamento da Letónia votou para suspender um acordo assinado entre o governo do país e a Federação Russa que se compromete a proteger os monumentos soviéticos no país, em resposta à ação das tropas russas na Ucrânia. A embaixada russa em Riga respondeu falando em ação “desleal” e “cinismo”.
  • As autoridades da região moldava da Transnístria, zona fronteiriça da Ucrânia onde o governo regional é pró-russo, anunciaram que foram levados a cabo dois ataques com coktails Molotov na madrugada desta sexta-feira, na capital Tiraspol.
  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na véspera que está disponível para conversar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, “mas sem ultimatos”.
  • O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiu que vai abrir um inquérito a violação “dos direitos humanos, cuja situação se tem degradado na Ucrânia após a invasão russa”, em particular à situação em Mariupol e outras cidades como Kiev, Chernihiv, Kharkiv e Sumy.
  • “Em vez de discutir as causas verdadeiras que levaram a esta crise no país e procurar maneiras de as resolver, o Ocidente está a organizar outra tentativa política para demonizar a Rússia”, afirmou Gennady Gatilov, embaixador russo nas Nações Unidas, em reação ao inquérito.
  • Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra ucraniana, avançou que está a ser negociada a saída de 38 soldados gravemente feridos da fábrica de Azovstal, em Mariupol. O local continua a ser bombardeado.

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