Para o núcleo de Portalegre do MDM, o encerramento das urgências de Obstetrícia “contribui para a assimetria” no acesso aos cuidados de saúde naquela região, “já por si marcada pelas fragilidades que a interioridade comporta”.

O movimento sublinhou, no entanto, que “valoriza sempre a capacidade, esforço e empenho” dos profissionais de saúde, mas defendeu que “é preciso garantir dignidade” a esses trabalhadores, “sujeitos a ritmos intensos e muitas horas extra de trabalho” nas unidades hospitalares.

Assim, o MDM considerou que, “dada a persistência das limitações atuais no acesso à saúde sexual e reprodutiva das mulheres no Serviço Nacional de Saúde”, o governo deverá tomar medidas com “urgência” para fazer face ao problema.

O MDM defendeu um financiamento que “garanta a adequada prestação de cuidados de saúde às mulheres”, a contratação de médicos e enfermeiros especialistas, “sem recurso a empresas subsidiárias”, e com “valorização das suas funções e remunerações”.

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E reclamou ainda o “reforço das equipas de Ginecologia/Obstetrícia preparadas para qualquer tipo de situação que ocorra durante a gravidez, o parto e pós-parto, garantindo em particular o funcionamento regular de serviços de urgência destas valências”.

Apesar do fecho das urgências, o porta-voz da ULSNA, Ílidio Pinto Cardoso, explicou à Lusa que o serviço de Obstetrícia do hospital de Portalegre está em funcionamento, graças ao obstetra que se encontra de serviço.

Ilídio Pinto Cardoso explicou ainda que as grávidas que se dirijam aos hospitais de Portalegre e Elvas, bem como ao Serviço de Urgência Básico (SUB) de Ponte de Sor, deverão ser encaminhadas para o hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), a mais de 100 quilómetros de distância, ou para a unidade hospitalar mais próxima.

As urgências de Obstetrícia do hospital de Portalegre estão encerradas desde as 05h00 desta quarta-feira e assim vão permanecer até às 08h00 de sexta-feira.