O Governo da Rússia defendeu esta quarta-feira que a condenação à morte dos três combatentes estrangeiros na República Separatista pró-russa de Donetsk, na Ucrânia oriental, servirá de “exemplo” para outros “mercenários” não se alistarem para combater as forças russas.

Uma sentença tão dura parece ser um claro exemplo para todos os restantes mercenários que lutam do lado dos neonazis ucranianos ou que têm a intenção de se juntar a eles”, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.

A porta-voz russa reforçou que os condenados, dois britânicos e um marroquino que lutavam ao lado das tropas ucranianas, cometeram “crimes contra a população civil de Donbass”.

Os três prisioneiros – Aiden Aslin, Shaun Pinner e Saaudun Brahim – foram na última semana julgados por um tribunal da autoproclamada República Popular de Donetsk por atividades mercenárias e terrorismo, depois de terem sido capturados na região de Mariupol.

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Apesar dos prisioneiros terem admitido parte da culpa em julgamento, nenhum deles reconheceu ter participado nas ações militares na Ucrânia enquanto mercenário.

Os dois britânicos, de 28 e 48 anos, viviam em território ucraniano desde 2018 e ambos faziam parte do Exército ucraniano antes de a guerra eclodir.

Segundo a agência de notícias russa RIA Novosti, os condenados podem enfrentar um pelotão de fuzilamento, tendo um mês para recorrer desta pena.