A negociação da libertação de dois veteranos norte-americanos detidos na guerra na Ucrânia pode estar em cima da mesa. É um sinal de esperança para Alexander Drueke e Andy Huynh, capturados pelas forças russas em Kharkiv, no início do mês de junho.

A família de Drueke revelou esta terça-feira que o Departamento de Estado dos EUA falou ao telefone com Alexander, que foi capturado enquanto lutava voluntariamente ao lado do Exército ucraniano.

Dois norte-americanos que ajudavam o exército da Ucrânia terão sido capturados pelas tropas russas em Kharkiv

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“Disse que tinha comida e água, que estava a ser bem tratado”, relatou a mãe do combatente em entrevista à CNN. Segundo Lois Drueke, os oficiais norte-americanos conseguiram falar com o seu filho no sábado mas a chamada deixou claro que alguém estava a explicar ao soldado o que deveria dizer. O Departamento informou-a de que as forças russas mostraram disponibilidade para fazer um acordo para libertar os dois combatentes.

Na conversa Drueke explicou que estava a ser mantido num lugar separado de Andy Huynh, com quem tinha estado dias antes, e que este também se encontrava bem. “Queremos acreditar em todas estas coisas. É responsabilidade da Rússia garantir que tudo isto é verdade”, declarou a tia de Alexander Drueke ao The Guardian, destacando que este contacto com o sobrinho revela que o “mundo está atento” à forma como as forças russas tratam os seus prisioneiros.

Um alto funcionário do Departamento de Estado disse esta terça-feira que não pode fornecer detalhes sobre a situação, mas que está a decorrer uma missão para prestar apoio aos norte-americanos em necessidade.

As notícias sobre a situação de Drueke e Huynh surge dias após a embaixada norte-americana em Moscovo ter pressionado o Kremlin para revelar o paradeiro dos dois soldados.

Na semana passada, o porta-voz do Kremlin disse em entrevista à NBC que não pode garantir que os dois militares não vão enfrentar pena de morte. Dmitri Peskov acusava Alexander Drueke e Andy Huynh de serem “mercenários” envolvidos “em atividades ilegais”, acrescentando que, por isso, não estavam protegidos pelas Convenções de Genebra.

É horrível ponderar pena de morte para dois norte-americanos capturados na Ucrânia, considera EUA

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, milhares de voluntários estrangeiros viajaram para o país para se aliar às forças de Kiev. A Rússia tem apresentado estes combatentes como “mercenários”, sugerindo que são motivados pelo dinheiro.