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Mapa da guerra. O que se sabe sobre o 126.º dia de conflito na Ucrânia

Este artigo tem mais de 1 ano

Os membros da NATO reuniram-se em Madrid para discutir novo plano estratégico e anunciar a candidatura sueca e finlandesa. Os ataques continuam na região de Lugansk.

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SOPA Images/LightRocket via Gett

SOPA Images/LightRocket via Gett

(Em atualização)

Passaram 126 dias desde que começou a invasão russa da Ucrânia. Esta quarta-feira, todos os olhos estão postos em Madrid, onde decorre a cimeira  NATO. Os chefes de Estado começaram a chegar pelas 7h (hora de Lisboa) ao local do encontro, fazendo breves declarações aos jornalistas nas quais frisaram a importância desta cimeira “histórica”, de continuar a prestar auxílio à Ucrânia e de alterar o plano de defesa face às recentes alterações no plano geopolítico internacional.

À entrada do encontro, Jens Stoltenberg disse que o “novo conceito estratégico” vai definir a Rússia como uma ameaça direta aos membros da NATO. Pedro Sánchez fez eco das declarações do secretário-geral da Aliança Atlântica numa entrevista de antecipação concedida à espanhola Cadena SER. O secretário-geral referiu também a China e a ameaça que representa aos valores da NATO.

Os ataques continuam na região de Luhansk, onde os russos procuram controlar a zona de Lysychansk. Segundo informou esta quarta-feira de manhã o governador da região, as forças russas têm tentado romper as defesas ucranianas, que são em menor número, mas sem sucesso. Por essa razão, optaram pelo caminho da “total destruição”. Em Mykolaiv, três pessoas morreram depois de um prédio ter sido parcialmente destruído.

Nas últimas horas, o Presidente russo disse que o país vai responder “na mesma moeda” caso a NATO decida estabelecer infraestruturas na Finlândia e Suécia. Já a primeira-ministra sueca revelou que a adesão da Suécia à NATO não foi uma decisão fácil, mas foi a correta. As autoridades europeias estão a procurar um entendimento com a Lituânia para resolver o impasse com a Rússia sobre bloqueio parcial de Kaliningrado.

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Saiba com mais detalhes o que aconteceu durante o dia neste artigo ou no nosso liveblogaqui.

O que aconteceu durante o fim da tarde e noite?

  • Zelensky encontrou-se em Kiev com o bilionário Richard Branson, fundador do conglomerado Virgin Group.
  • O Presidente da Ucrânia anunciou corte de relações entre Ucrânia e Síria.
    Putin negou responsabilidade russa no ataque que provocou 20 mortos em Kremenchuk
  • O Presidente russo disse que a Rússia vai responder “na mesma moeda” caso a NATO decida estabelecer infraestruturas na Finlândia e Suécia.
  • Vladimir Putin não mudou os seus objetivos desde o início da invasão russa e continua a querer controlar a “maior parte da Ucrânia”, concluiu um alto funcionário dos serviços secretos dos EUA.
  • A primeira-ministra sueca afirmou que a adesão da Suécia à NATO não foi uma decisão fácil, mas foi a correta.
  • As autoridades europeias estão a procurar um entendimento com a Lituânia para resolver o impasse com a Rússia sobre bloqueio parcial de Kaliningrado.
  • A defesa de um dos soldados britânicos condenados à morte pelas forças separatistas na Ucrânia interpôs agora um recurso formal para substituir a pena por prisão perpétua.
  • Foi assinado um acordo entre a Ucrânia e a União Europeia sobre o transporte rodoviário, segundo o qual os transportadores ucranianos deixam de precisar de permissão para entrar na UE.
  • O Presidente norte-americano agradeceu ao homólogo turco, Recep Tayyip Erdoğan, o acordo que foi estabelecido com a Finlândia e a Suécia e que vai permitir aos dois países nórdicos aderir à NATO.
  • A Agência da ONU perdeu novamente a conexão com o sistema de vigilância que monitoriza o material nuclear na central ucraniana de Zaporíjia, atualmente sobre controlo russo.
  • A NATO aprovou pela primeira vez um pacote de ajuda na área da segurança à Mauritânia
    Zelensky anunciou que a participação na cimeira do G20 “vai depender” da situação da Ucrânia durante esse período e dos países que vão estar no evento.
  • O Presidente da Indonésia, Joko Widodo, ofereceu-se para entregar a Putin uma mensagem do homólogo ucraniano, numa tentativa de retomar as negociações de paz.
  • O governador da região de Lugansk revelou que as tropas russas estão a espalhar minas “em todo o lado” na cidade de Lysychansk, uma situação que é “extremamente perigosa” para os civis.
  • O Ministério da Defesa ucraniano anunciou que 144 soldados que estavam em cativeiro na Rússia regressaram à Ucrânia.
  • A agência estatal de notícias da Coreia do Norte acusou os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul de agirem para criar uma “versão asiática da NATO”.
  • O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, saudou as decisões tomadas pela NATO na cimeira de Madrid.
  • O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse considerar “essencial” que os Estados Unidos colaborem com a Coreia do Sul e o Japão para fazer frente à Coreia do Norte.
  • A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, alertou para uma “crescente influência” russa em alguns países de África, considerando que esta também deve ser uma das preocupações da Aliança Atlântica.

O que aconteceu durante a tarde?

  • A Suécia e a Finlândia foram formalmente convidadas a aderir à NATO, após o acordo de adesão ter sido concluído na noite anterior com o apoio da Turquia. O secretário-geral da Aliança Atlântica caracterizou a decisão como “histórica”.
  • Volodymyr Zelensky, que participou por videoconferência na cimeira desta quarta-feira em Madrid, previu que a situação “pode ser pior” no próximo ano e que outros países, “provavelmente membros da NATO”, podem vir a ser atacados pela Rússia. Por essa razão, o Presidente ucraniano instou os Estado-membros a fazerem mais para proteger o flanco leste da aliança.
  • Os Estados Unidos da América anunciaram o reforço da ajuda militar em território europeu. Também hoje, o Presidente Joe Biden defendeu que a “NATO é mais necessária do que nunca”, considerando que a cimeira de Madrid é importante para “reafirmar a unidade e a determinação da aliança”.
  • A Rússia acusou a NATO de consolidar na cimeira de Madrid uma atitude de agressividade em relação a Moscovo e reafirmou que a adesão da Finlândia e da Suécia constitui um fator “particularmente desestabilizador”.
  • Moscovo respondeu aos comentários de Boris Johnson sobre a “masculinidade tóxica” da guerra de Vladimir Putin. “O velho Freud terá sonhado a vida toda com tal objeto de estudo”, comentou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em tom irónico.
  • Depois de o primeiro-ministro, foi a vez do ministro da Defesa do Reino Unido de atacar o líder russo. Em entrevista à rádio LBC, Ben Wallace disse que Putin é um “lunático” e que sofre da “síndrome do homem pequeno”, que raramente afeta as mulheres, referindo-se assim também à questão do género, abordada por Johnson.
  • A Síria reconheceu oficialmente as autoproclamadas repúblicas de Luhanks e Donetsk, dominadas por forças separatistas pró-russas, noticiou a Reuters, que cita a agência estatal síria SANA.
  • O Papa Francisco condenou o ataque ao centro comercial Amstar, no centro de Kremenchuk. Falando aos fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, o Pontífice disse carregar todos os dias no coração “a querida e mártir Ucrânia, que continua a ser flagelada por ataques bárbaros, como aquele que atingiu um centro comercial em Kremenchuk”, citou a Reuters.
  • O autarca de Mykolaiv, Oleksandr Senkevich, elevou ao início da tarde para quatro o número de vítimas mortais no ataque à zona sul de Mykolaiv, que destruiu parcialmente um edifício residencial e provocou um incêndio.

O que aconteceu durante a manhã?

  • A nova estratégia de defesa da NATO, que foi discutida esta quarta-feira na cimeira da organização em Madrid, definiu a Rússia como “principal ameaça”, disseram Jens Stoltenberg e Pedro Sánchez.
  • Em entrevista à Cadena SER, o primeiro-ministro de Espanha explicou que a Rússia ia deixar de ser identificada como “parceiro estratégico” da NATO, passando a ser definida como a “principal ameaça” da Aliança Atlântica.
  • À entrada da cimeira, o secretário-geral da NATO adiantou a mesma informação, declarando aos jornalistas que o “novo conceito estratégico” da Aliança Atlântica, que procura acompanhar as mudanças na geopolítica mundial, vai “definir a Rússia como uma ameaça”.
  • Jens Stoltenberg mostrou ainda preocupação com a China, que apesar de não ser um “adversário”, representa uma ameaça aos valores da organização.
  • Stoltenberg descreveu o encontro esta quarta-feira em Madrid como “uma cimeira história e transformativa”, que tem como objetivo responder à “maior crise de segurança” no ocidente “desde a Segunda Guerra Mundial”. O secretário-geral explicou que a nova estratégia de defesa da NATO implicará o destacamento de mais tropas para o leste da Europa, naquele que é “o maior investimento desde a Guerra Fria”. Este deverá acontecer em 2023.
  • Relativamente à adesão da Suécia e Finlândia, Stoltenberg afirmou que a NATO vai trabalhar para que o processo seja concluído o mais rapidamente possível. Nesta altura, não é ainda possível avançar com datas mais específicas.
  • Também à entrada da cimeira, o chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiu que a NATO vai fornecer armamento à Ucrânia “o tempo que for necessário”. “Vamos continuamos a fazê-lo — e vamos fazê-lo intensivamente —, o tempo que for necessário para a Ucrânia se defender”, disse.
  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que a Rússia não teria invadido o território ucraniano se Vladimir Putin fosse mulher, sugerindo que o género do líder russo teve influência na forma como este decidiu o rumo do conflito.
  • O governador da região de Luhansk, Serhai Haidai, informou hoje no Telegram que os combates continuam pelo controlo de Lysychansk. Segundo Haidai, as forças russas têm tentado romper as defesas ucranianas, em menor número, mas sem sucesso. Por essa razão, optaram pelo seu “caminho favorito — o da total destruição”.
  • Bombardeamentos na zona sul de Mykolaiv provocaram três mortos e cinco feridos, informou o governador, Vitaliy Kim. De acordo com a agência Interfax, o ataque aconteceu pelas 6h25 (hora local), atingindo um edifício residencial de cinco andares e provocando um incêndio. Apartamentos no terceiro e quinto andares ficaram destruídos.
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