Em atualização

A designada conferência de Lugano, que juntou aliados da Ucrânia (incluindo Portugal), instituições internacionais e setor privado termina esta terça-feira, 5 de junho, com a expectativa de um “Plano Marshall” para a reconstrução do país invadido pela Rússia. No mesmo dia, serão assinados os protocolos de adesão da Finlândia e da Suécia pelos 30 países que integram a Aliança.

Kiev pediu auxílio à Turquia na investigação de três navios russos que terão roubado cereais do país, Zelensky exigiu explicações às Forças Armadas ucranianas sobre proibição de cidadãos alistados ou na reserva de abandonar o local de residência, e Michelle Bachelet disse ainda que pelo menos 270 casos de civis sequestrados pelas tropas russas, foram registados desde o início da invasão da Ucrânia.

O que se passou durante a tarde e noite:

  • Segundo documentos oficiais vistos pela agência de notícias Reuters, as autoridades ucranianas pediram auxílio à Turquia na investigação de três navios de bandeira russa que terão auxiliado o roubo de cereais ucranianos
  • De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, terão chegado professores russos ao distrito de Polohy, na região ocupada de Zaporíjia, onde as crianças frequentarão as aulas segundo um curriculum de Moscovo. Pais que discordarem enfrentarão medidas punitivas.
  • O discurso de Volodymyr Zelensky de hoje ficou marcado pelo pedido de esclarecimento do chefe de Estado ao Comando Geral das Forças Armadas do país em relação à proibição dos cidadãos alistados ou na reserva de abandonar o local de residência sem permissão.
  • A alta-comissária dos Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, Michelle Bachelet, condenou hoje a “guerra sem sentido” na Ucrânia, apelando a que fosse colocado um fim ao sofrimento dos civis em todo o país. Michelle Bachelet apresentou esta terça-feira um relatório da ONU em relação à situação dos Direitos Humanos no país, desde o início da invasão.
  • Cerca de dois milhões de toneladas de cereais estão a ser colhidos no sul da região de Zaporíjia, controlado pelas tropas russas.
  • A alta-comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bahcelet, afirmou hoje que pelo menos 270 casos de civis sequestrados pelas tropas russas, foram registados desde o início da invasão da Ucrânia. Os casos, segundo a representante da ONU, dizem respeito a “detenções arbitrárias” e “desaparecimentos forçados”.
  • A embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, denunciou hoje os “crimes contra a humanidade” cometidos pelas forças russas desde que em fevereiro invadiram território ucraniano, defendendo a condenação do Presidente russo, Vladimir Putin, por crimes de guerra.
  • O secretário de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, afirmou hoje que a capacidade das Forças Armadas britânicas poderia aumentar, especialmente em “áreas profundamente desadequadas” como a guerra eletrónica e a defesa aérea.
  • Dois navios estrangeiros foram apreendidos no sul da Ucrânia pela autoproclamada República Popular de Donetsk, tendo esta informado as empresas detentoras das embarcações em como passariam a ser “propriedade do Estado”.
  • Um tribunal em Lviv baniu hoje o Partido Comunista da Ucrânia, assim como o partido Shchaslyva Ukraina, dirigido pelo ex-ministro das Finanças e apoiante de Moscovo Oleksandr Klymenko.
  • Uma área próxima da embaixada do Reino Unido em Moscovo foi renomeada em homenagem à região separatista de Lugansk. O local designa-se agora “Praça da República Popular de Lugansk”. No mês passado, a rua em frente da embaixada dos Estados Unidos da América tinha sido renomeada para “Praça da República Popular de Donetsk 1“.
  • O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse ao Presidente Volodymyr Zelensky que os militares da Ucrânia podiam recuperar território recentemente tomado pela Rússia. A opinião britânica foi transmitida ao chefe de Estado ucraniano numa chamada telefónica.
  • A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, defendeu hoje que no atual quadro da segurança mundial e com a guerra na Ucrânia o papel de Portugal na NATO tenderá a ser reforçado.

O que se passou esta madrugada e manhã:

  • Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, pede à comunidade internacional que reduza o acesso russo ao transporte marítimo: “Esgotem a máquina de guerra de Putin.”

  • O governador da região ucraniana de Odesa fez um apelo às forças russas: pede que estas baixem as armas e que se recusem a lutar. “Salvem a vossa vida e o vosso futuro — recusem-se a participar na guerra sangrenta de Putin”, escreveu no Telegram.
  • conferência de Lugano, que decorreu na Suíça e que se focou na reconstrução do país invadido pela Rússia, termina esta terça-feira, com expectativa de “Plano Marshall”.

Ucrânia: Delegação com cem elementos desloca-se à Suíça para discutir reconstrução

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  • Os protocolos de adesão da Finlândia e da Suécia serão assinados esta terça-feira pelos embaixadores da NATO dos 30 países que integram a Aliança.
  • Mísseis russos atingiram a cidade portuária de Mykolaiv, no Mar Negro, na manhã desta terça-feira, avançou Oleksandr Senkevich, autarca desta cidade.
  • Serhiy Haidai, governador de Lugansk, partilhou uma publicação no Telegram, em que chama a atenção para as “calúnias” relativas ao esforço de colaboradores pró-Rússia em restaurar a estabilidade nas áreas ucranianas recentemente ocupadas.
  • Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, vai voar para Hanói para uma visita de dois dias ao Vietname, antes de, no final da semana, seguir para a reunião que junta os homólogos dos G20, na Indonésia.
  • Depois de captura de Lysychansk, Ucrânia volta a ter “linha da frente” mais fácil de defender, diz o novo relatório da inteligência britânica. O documento confirma também que a “captura relativamente rápida” de Lysychansk por parte das forças russas permitiu que o seu domínio se estendesse por quase todo o território de Lugank.

  • O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou na noite de terça-feira que a Ucrânia encontra-se em conversações com a Turquia e a Organização das Nações Unidas para garantir a segurança da exportação de cereais dos portos ucranianos.

Zelensky pede participação do mundo democrático na reconstrução da Ucrânia

  • O discurso de Volodymyr Zelensky na conferência de Lugano foi marcado por uma correção. Isto porque, para o líder da Ucrânia, os líderes políticos deveriam debater não a ajuda prestada ao país do leste da Europa no fim do conflito, mas sim o auxílio, atualmente, à reconstrução da Ucrânia.
  • A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, afirmou hoje em Kiev que a Suécia “apoiará a política de porta aberta da NATO“.
  • Moscovo admitiu que a sua resposta à expulsão pela Bulgária de 70 membros do seu corpo diplomático pode incidir sobre o conjunto da União Europeia, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.