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Protestos em Luanda: "Mataram o Zedú! João Lourenço, assassino!"

Este artigo tem mais de 1 ano

Vídeos partilhados por Tchizé dos Santos mostram revolta de dezenas de angolanos com a morte de JES. Para além de exigirem afastamento de João Lourenço, chegam a acusá-lo da morte do ex-presidente.

Dezenas de pessoas saíram às ruas de Luanda para protestar contra a morte de José Eduardo dos Santos. Polícia já avisou que vai estar "com toda a força nas ruas" para evitar "arruaças e manifestações"
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Dezenas de pessoas saíram às ruas de Luanda para protestar contra a morte de José Eduardo dos Santos. Polícia já avisou que vai estar "com toda a força nas ruas" para evitar "arruaças e manifestações"

Dezenas de pessoas saíram às ruas de Luanda para protestar contra a morte de José Eduardo dos Santos. Polícia já avisou que vai estar "com toda a força nas ruas" para evitar "arruaças e manifestações"

Dois vídeos partilhados por Tchizé dos Santos no Instagram mostram dezenas de pessoas nas ruas de Luanda, em protesto contra o presidente João Lourenço, que chegam mesmo a acusar de ter “assassinado” José Eduardo nos Santos, que morreu esta sexta-feira na clínica de Barcelona onde recebia tratamento há já vários anos e onde estava internado em estado grave, na unidade de cuidados intensivos.

Num dos vídeos publicados por Tchizé podem ver-se pessoas a apedrejar um cartaz com a cara do presidente do MPLA, no outro, com a legenda “Mataram o nosso pai”, são visíveis e audíveis os protestos da multidão que parou o trânsito numa das avenidas da capital angola. “Mataram o Zedú! João Lourenço, fora! João Lourenço, assassino!”, pode ouvir-se.

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Vários outros registos em vídeo, a circular por WhatsApp e a que o Observador teve acesso, mostram protestos idênticos. Para além de acusarem o presidente de Angola da morte de José Eduardo dos Santos, detentor do cargo entre 1979 e 2017, os manifestantes apelam ao boicote das eleições gerais, que se realizam no país no próximo 24 de agosto: “Ninguém vota! Mataram o Zedú!”.

“Angola é do Zedú, só Deus é quem sabe!” pode também ouvir-se num dos vídeos captados esta sexta-feira em Angola, em cânticos entoados por transeuntes, numa manifestação aparentemente espontânea e feita em passo de corrida.

Entretanto, o Comando Provincial de Luanda da Polícia Nacional já avisou que vai estar “com toda a força nas ruas” a partir desta sexta-feira para “manter a ordem e tranquilidades públicas para evitar casos de arruaças e manifestações” ao longo dos cinco dias de luto nacional por José Eduardo dos Santos, escreve o angolano Novo Jornal.

“Queremos apelar e lembrar aos cidadãos que devemos pautar por civismo, boa conduta e postura, e não enveredarmos por casos de incivilidade nem de ofensas físicas”, disse o porta-voz do Comando de Luanda àquele jornal, que detalha que aos infratores será aplicado um “tratamento à sua medida”.

A morte de José Eduardo dos Santos, escreve também o Novo Jornal, parou literalmente o trânsito em Luanda e fez chorar muitas das pessoas presentes no Mercado de São Paulo, no bairro do Sambizanga, em Luanda.

Várias zungueiras, as típicas vendedoras ambulantes angolanas, lamentaram a morte do ex-presidente, de que, no início, chegaram até a duvidar. “É fake news”, ouviu o repórter do jornal presente no mercado, que instantes mais tarde testemunhou lágrimas e gritos de Catarina Dala, uma das vendedoras: “Mano, Zedú morreu. Ai, o nosso presidente José Eduardo dos Santos, ai, Zedú”.

Outra, Margarida Fernando, mais calma e pragmática mas ainda assim também entre lágrimas, preferiu recordar a vida em Angola nos tempos do antigo presidente. “Com ele o saco de arroz era 2.500. Com 10 mil kwanzas comprava-se comida para 15 dias. Viajávamos para a Europa à vontade e vendíamos bem”, contou. “Ele cometeu erros, sim, mas os erros são humanos e para mim os erros dele estão todos perdoados.”

 
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