Já há data para o julgamento resultante do processo movido pelo Twitter contra Elon Musk, devido à desistência do homem mais rico do mundo em avançar com a compra da rede social.

Na passada terça-feira, o Twitter moveu um processo contra o dono da Tesla, com o intuito de recorrer à justiça para fazer com que Musk avance para a compra. Esta terça-feira, as duas partes estiveram reunidas no tribunal de Delaware, num encontro para decidir a data do julgamento.

Enquanto o Twitter defendia uma data para setembro, considerando que o prolongamento do processo está a prejudicar a empresa, Musk preferia uma data em 2023, mais concretamente em fevereiro. As propostas tinham também diferenças na duração do julgamento: Elon Musk preferia um julgamento de duas semanas, enquanto o Twitter queria uma opção mais rápida, de quatro dias.

Kathaleen McCormick, a juíza responsável por esta decisão, preferiu uma opção mais próxima da moção defendida pelo Twitter, marcando o início do julgamento para o próximo mês de outubro. Também a duração deste confronto em tribunal está mais próxima da opção do Twitter, com cinco dias.

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A data concreta do julgamento em outubro terá agora de ser acordada pelas duas partes, definiu ainda McCormick.

A juíza considerou que as duas partes envolvidas no processo têm capacidade para participar num julgamento mais rápido. Além disso, sendo o Twitter uma empresa cotada em bolsa, merece “ter a nuvem por cima da cabeça” resolvida rapidamente. “A realidade é que um atraso representa uma ameaça irreparável para os vendedores”, considerou a juíza,

As ações do Twitter estão a valorizar, na sessão desta terça-feira, 3,93% para 39,92 dólares.

Elon Musk anunciou a 8 de julho que já não pretendia avançar com a aquisição da rede social. Em abril, quando anunciou a intenção de comprar o Twitter, Musk oferecia 54,2 dólares por ação, o que totalizaria um montante de 44 mil milhões de dólares. A desistência do patrão da Tesla e da SpaceX terá sido motivada por dúvidas em relação ao peso das contas falsas e de bots no total de utilizadores da rede social.

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Numa carta assinada pelo advogado de Musk, Mike Ringler, a empresa era acusada de não ter “obedecido às suas obrigações contratuais”, não concedendo as informações relevantes de negócio que eram exigidas pelo magnata sul-africano.

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