A empresa russa de extração de diamantes Alrosa PJSC, responsável por cerca de um terço do fornecimento global destas pedras preciosas, registou um crescimento significativo de vendas, aproximando-se dos valores registados antes do conflito na Ucrânia e da aplicação de sanções à indústria russa.

Segundo noticia a Bloomberg, com base em informações cedidas por uma fonte próxima, as vendas mensais da Alrosa ultrapassam atualmente os 250 milhões de dólares (251 milhões de euros), apenas menos 50 a 100 milhões de dólares (cerca do mesmo valor em euros) abaixo das receitas alcançadas pela empresa antes do início da guerra, a 24 de fevereiro, e do embargo que levou a um aumento do preço dos diamantes devido à sua escassez.

A maioria dos diamantes está a ser comprada por empresas na Índia, onde existe um grande mercado de produção de joias, mas as pedras também estão a ser adquiridas por compradores europeus. De acordo com a Bloomberg, os negócios têm sido possíveis porque algumas entidades bancárias indianas têm facilitado as transações noutras moedas que não o dólar.

Apesar das sanções aplicadas ao mercado russo, não existem indícios de que estas tenham sido violadas. Contudo, segundo a Bloomberg, existe algum desconforto generalizado, o que tem levado a que os negócios sejam realizados discretamente e a que a Alrosa deixasse de divulgar informações sobre as suas vendas e desempenho financeiro.

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