O secretário -geral do Juntos Pelo Povo (JPP) na Madeira acusou este sábado o presidente do Governo Regional de “esbanjar o dinheiro dos madeirense”, declarando que não é com ‘bitcoins’ que se consegue baixar o elevado custo de vida.

“Em vez de Miguel Albuquerque [presidente do executivo madeirense] andar a esbanjar o dinheiro dos madeirenses em nomeações políticas e em viagens principescas a Miami, onde gastou o equivalente a 30 ordenados mínimos dos contribuintes, Miguel Albuquerque devia descer à realidade e perceber as dificuldades da grande generalidade dos madeirenses”, afirmou Élvio Sousa no convívio de militantes e simpatizantes que marcou a ‘rentrée’ política do partido.

Na opinião do também deputado do JPP na Assembleia Legislativa da Madeira, “não é com ‘bitcoins’ que se baixa o elevado custo de vida dos madeirenses”, considerando que o Governo Regional de coligação PSD/CDS “tem, neste momento, a faca e o queijo na mão” para implementar medidas mais eficazes.

O responsável apontou que o atual executivo madeirense “tem vindo a adiar medidas concretas e profundas para dar resposta à uma situação conjuntural de agravamento do custo de vida, com impacte social e económico.”

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Élvio Sousa opinou que, “tal como já fez os Açores, o Governo Regional [da Madeira] liderado pelo PSD/CDS tem de utilizar os poderes autonómicos para regular a fatura, com base numa fórmula que assegura uma incidência fiscal média à incidência fiscal média do continente português”.

“A redução do IVA para 16%, por exemplo para 9% neste caso à taxa intermédia, irá com certeza reduzir o preço dos bens essenciais, e será uma ajuda preciosa ao setor da restauração”, argumentou.

O parlamentar do JPP realçou que o “encaixe de receita que o Governo Regional da Madeira está a receber -entre 2015 a 2019, e exceto o ano do covid-19 do IVA cresceu a uma média de 3,06%”.

“Os cofres da Região estão a encher-se à custa do IVA mais alto das regiões ultraperiféricas, e dos escalões de IRS sem diferencial fiscal”, sublinhou.

Élvio Sousa recordou que “medidas como a baixa do IVA da eletricidade e a extensão do pagamento faseado do IMI, foram medidas apresentadas pelo JPP, e rejeitadas tanto pelo PSD como pelo PS na Assembleia da República, com a responsabilidade dos deputados eleitos pelo círculo da Região, que têm apregoado defender os interesses dos madeirenses”.

A festa do JPP aconteceu na freguesia de Gaula, concelho de Santa Cruz, no local onde esta força política surgiu como movimento de cidadãos em abril de 2009.

O JPP tornou-se no 21.º partido nacional a 27 de janeiro de 2015 e nesse ano conseguiu eleger um grupo parlamentar na Assembleia Legislativa da Madeira composto por cinco elementos. Presentemente está representado por três num universo de 47 deputados.

Desde as autárquicas de 2021 que governa com maioria absoluta a Câmara de Santa Cruz, o município contíguo a leste do Funchal.