O antigo presidente do governo da Madeira Alberto João Jardim defendeu nesta segunda-feira que não é aceitável um acordo entre o PSD e o Chega na região, alertando que não existem “extremismos bons”.

Nem o Chega é aceitável, nem os comunistas são aceitáveis. É preciso que os portugueses não caiam no logro. Não há extremismos bons”, afirmou Jardim, quando questionado pelos jornalistas sobre se seria aceitável um acordo entre o PSD e o Chega na Madeira.

O dirigente histórico do PSD, que falava em Ponta Delgada, nos Açores, à margem de uma conferência sobre os 50 anos do 25 de abril, defendeu que os sociais-democratas não se podem “enrolar na conversa” de que “existem extremismos bons”.

“O que se anda a vender aos portugueses é que os extremismos de esquerda são bons e o extremismo de direita é mau. Não. São ambos maus. Há partidos como o PSD que vão nessa cantiga propositadamente vendida do extremismo bom e extremismo mau. É preciso que o PSD não se deixe enrolar nessa conversa”, vincou.

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Alberto João Jardim elogiou o líder do executivo dos Açores, José Manuel Bolieiro, e confessou que se tem “comportado como adversário político” do presidente do governo da Madeira, Miguel Albuquerque.

“Tudo o que doutor Bolieiro tem feito nos Açores eu assino por baixo. É um homem inteligente e com muito bom senso. Tenho tanta confiança nele que assino por baixo“, destacou.

Questionado sobre o acordo de incidência parlamentar firmado na anterior legislatura entre o PSD/Açores e o Chega, o antigo presidente do governo da Madeira considerou que as situações dos arquipélagos são diferentes.

Alberto João Jardim insistiu que acha “mal” um acordo entre o PSD e o Chega na Madeira.

“A Madeira está a passar por uma situação crítica. Acho, sobretudo, que perdeu força fora da Madeira, quer em Lisboa, quer na União Europeia”, defendeu.

Alberto João Jardim participou numa conferência juntamente com Mota Amaral sobre o 25 de abril, organizada pela Câmara de Ponta Delgada.