277 jogos, 200 vitórias. Com o triunfo em Barcelos frente ao Gil Vicente, Sérgio Conceição atingiu a marca redonda das duas centenas de vitórias desde que chegou ao comando do FC Porto. Ou seja, desde que é treinador dos dragões, ganhou 72% das partidas — um dado que é auto-explicativo a partir dos três Campeonatos, das duas Taças de Portugal e das três Supertaças que já conquistou desde que está no Dragão.

O motor precisava de assistência? Está aí Eustáquio, o piquete (a crónica do Gil Vicente-FC Porto)

A vitória deste sábado, porém, foi mais do que uma simples vitória. O FC Porto precisava de ganhar de forma convincente depois da derrota com o Rio Ave e da exibição pouco conseguida contra o Vizela e conseguiu isso mesmo, quebrando na segunda parte mas realizando um primeiro tempo intenso, agressivo e com uma reação eficaz à perda da bola. Algo que foi sublinhado por Sérgio Conceição na zona de entrevistas rápidas.

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“A semana foi dando indicações sobre aquilo que era necessário mudar. Não só a forma e a estrutura mas também algumas peças, que fomos colocando de acordo com o que achei que era importante para começar aqui o jogo. Foi um jogo difícil, contra um adversário que fez um trajeto fantástico no ano passado, que tem muitos jogadores dessa estrutura do ano passado. Penso que tivemos uma primeira parte de acordo com aquilo que trabalhámos. Com segurança no jogo, na posse, criando oportunidades. Fizemos quatro golos, contaram dois. Entrámos bem na segunda parte, queríamos o terceiro golo para ficarmos mais descansados no resultado. Depois, dos 60 aos 80 minutos, com má definição nossa na entrada no último terço, o Gil Vicente acaba por criar uma outra chance. Mas foi uma vitória justíssima. Não sendo tudo fantástico, teve aquilo que é a base para ganhar jogos”, atirou o treinador, que justificou depois as cinco mudanças que fez no onze inicial em relação à derrota com o Rio Ave.

“Os indicadores que temos são de um grande profissionalismo. Quem entra dá sempre uma resposta fantástica. Trabalhamos com eles, estão todos preparados. No onze, apostei naqueles que achei que eram melhores para ganhar o jogo. Sem receio nenhum, tenho confiança em todos. Há uns que estão melhor do que outros em determinado momento mas fiquei muito contente com a resposta de todos, mesmo com os que entraram”, acrescentou Conceição.

Já Stephen Eustáquio, que fez as duas assistências para os dois golos do FC Porto e foi eleito o Homem do Jogo, lembrou a entrega da equipa. “Ganhámos. Graças a Deus, o mister deu-me a oportunidade de ser titular. Tenho correspondido muito bem nos treinos. É só jogar futebol, é para isso que estou cá. Quero agradecer ao mister pela oportunidade e também quero agradecer a presença destes adeptos fantásticos. Se pudéssemos jogar no dia seguinte à derrota com o Rio Ave, jogávamos. É sempre difícil jogar sobre um derrota. Mas somos campeões por isso mesmo, para dar respostas. E foi isso que fizemos”, explicou o internacional canadiano, que ainda deixou algumas pistas sobre a abordagem ao jogo.

“Sabíamos que tínhamos de entrar forte no jogo. Este é um campo difícil, o Gil Vicente tem uma excelente equipa. Se entrássemos mal, iríamos ter problemas. Marcámos dois golos na primeira parte mas, na segunda, tivemos mais dificuldades. Mas controlámos o jogo e defendemos muito bem a nossa baliza. Tentámos fazer o que o mister pede e, graças a Deus, hoje vencemos”, terminou o jogador de 25 anos.