O antigo ministro da Segurança Social, José António Vieira da Silva assegura que não tem uma “fixação” com a fórmula de cálculo para o aumento das pensões e acrescenta que “não se deve ter essa fixação porque é preciso enfrentar as conjunturas”, elogiando a postura do Governo e deixando críticas ao PSD.

À margem da Academia Socialista, onde falou sobre emprego e proteção social, Vieira da Silva considera que o executivo “garantiu algo de muito importante: no final de 2022 e em 2023 os pensionistas vão ter um rendimento que cobre o aumento dos preços e até supera, porque vai ser determinado pela fórmula que está em vigor” e que ainda tem “a inflação como base”.

Assim, diz Vieira da Silva, “este é o aspeto mais importante. O Governo garantiu isto num contexto muito difícil, sem paralelo”, referindo-se à “inflação muito alta e ao risco elevado de recessão na Europa”. Com estas condicionantes, o antigo titular da pasta da segurança social entende que “estar a antecipar um debate sobre 2024 é pouco realista” e que “só se compreende por questões politico-partidárias”, partindo para o ataque ao PSD.

“Um dos principais partidos que rasga as vestes pela fórmula de atualização das pensões foi um partido que não a votou e que quando esteve no Governo nunca a utilizou, em situações bem menos exigentes do que a que estamos a viver”, disse Vieira da Silva, numa mensagem direta para o PSD e para Luís Montenegro.

José António Vieira da Silva diz que “não se pode falar de previsibilidade com a situação que se vive” e que não conhece ninguém que possa antecipar o ano de 2024, não recomendado que “se recorra a especialistas em previsões esotéricas“, estando para já satisfeito com as “medidas ambiciosas do Governo” e esperando que o Governo “trabalhe para em 2024 possa ter a melhor solução possível”.

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