Siga aqui o liveblog da guerra na Ucrânia

O Ministério da Defesa russo mostrou, num encontro com jornalistas neste domingo, um mapa onde se mostra que as forças leais a Putin reduziram drasticamente a presença no oblast de Kharkiv. A guerra na Ucrânia chega ao 200.º dia, desde que teve início o que a Rússia chama de “operação militar especial”, e a contraofensiva ucraniana poderá marcar um ponto de viragem no conflito. Mas a Rússia continua a garantir que se trata apenas de um “reagrupar” de esforços. Na mensagem de vídeo diária, o Presidente Zelensky fez um balanço dos 200 dias de guerra: “O mais importante, e talvez mais difícil, ainda está por chegar”.

O mapa mostra apenas um pequeno território no leste da região de Kharkiv, nas imediações do rio Oskol, continua sob controlo russo (zona identificada a cor-de-rosa no mapa).

  • As autoridades militares da Ucrânia anunciaram este domingo que as tropas recapturaram mais de 3 mil quilómetros quadrados de território em setembro das forças russas;
  • Ramzan Kadyrov, o controverso líder checheno que sempre foi um dos mais importantes apoiantes de Putin, criticou a “estratégia” que a Rússia tem seguido na guerra e pediu “mudanças imediatas” no Ministério da Defesa;
  • A operadora nuclear ucraniana revelou que foi desligado o último dos seis reatores de Zaporijia, após ter sido restabelecido fornecimento de eletricidade a Enerhodar;
  • As autoridades russas terão decidido adiar “por tempo indeterminado” os referendos planeados pelos separatistas de Donetsk (DPR) e Lugansk (LPR). A notícia não está confirmada oficialmente mas foi avançada pelo Meduza, um meio de comunicação russo independente;
  • Já na noite de sábado tinha surgido a informação de que Denis Pushilin, o líder separatista de Donetsk, poderá já ter deixado a região;
  • Ao mesmo tempo, a Rússia admite negociações com a Ucrânia e acusa Kyiv de estar a atrasar esse processo, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, em entrevista a uma televisão russa citada pela agência TASS. O responsável diz que o facto de, na sua leitura, Kyiv estar a adiar um eventual processo negocial torna menos provável que se venha a obter um acordo de paz.
  • Kyiv anunciou a reconquista de Izium, num processo liderado Oleksandr Syrskyi, o coronel-general que está a orquestrar a contraofensiva na Ucrânia e cujo perfil o Observador traçou neste texto;
  • Putin disse a Macron, ao telefone, que os ataques ucranianos a central nuclear de Zaporíjia podem ser “catastróficos”. Horas mais tarde, no entanto, o jornal francês Le Monde divulgou mais pormenores sobre o telefone que contradizem a informação veiculada pelo Kremlin. Segundo o Le Monde, que cita um comunicado do Eliseu, Emmanuel Macron disse ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, que “a ocupação russa” foi sim “a causa dos riscos” na central nuclear de Zaporíjia e pediu-lhe que retirasse “as armas pesadas e leves”;
  •  Dois mísseis de cruzeiro atingiram uma infraestrutura essencial em Kharkiv deixando sem energia e, consequentemente água, várias cidades na região de Kharkiv. O apagão durou algumas horas, nas zonas de Kharkiv, Poltava, Dnipropetrovsk e em parte da região de Donetsk;
  • Na habitual mensagem de vídeo Zelensky fez um balanço dos 200 dias de guerra.”O mais importante, e talvez mais difícil, ainda está por chegar”, disse o Presidente ucraniano. Na mensagem de vídeo, Zelensky agradeceu aos resistentes “que se esforçaram 200% em 200 dias” e faz as contas: “destruíram mais de 2.000 tanques do inimigo, 4.500 carros de combate, mais de mil sistemas de artilharia, 250 aviões e 200 helicópteros, quase mil drones e 15 navios e barcos, milhares de pequeno armamento” e agradeceu às várias áreas do exército russo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR