As verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) destinadas para o alojamento dos alunos do Ensino Superior — o Plano Nacional de Alojamento Estudantil — não são suficientes para construir novas residências e garantir as 12 mil camas anunciadas em julho pela tutela, ficando a faltar 2.500 lugares. Por isso, avança esta quinta-feira o Público, o Governo vai reforçar a verba do PRR, que estava em 375 milhões de euros, para garantir que consegue disponibilizar os mais de dois mil lugares.

Olhando para as contas, do total de 375 milhões de euros destinados ao Plano Nacional de Alojamento Estudantil, 126 milhões vão diretamente para a construção de novas residências. No entanto, este valor é insuficiente, uma vez que foram aprovados 33 projetos, no total de 178 milhões de euros. Ou seja, ficam em falta 52 milhões de euros.

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Elvira Fortunato, ministra da Ciência e Ensino Superior, explicou ao mesmo jornal que foi feito um “pedido de reforço”, que foi negociado com António Costa e com Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, para que fossem incluídos nas contas públicas os dez projetos que ficaram fora das verbas disponíveis.

Sobretudo em Lisboa e no Porto, aponta a responsável pela pasta da Ciência e Ensino Superior, existe “escassez de oferta” e os preços no arrendamento privado aumentaram nos últimos meses. Para os alunos que estudam em Lisboa e estão em situação financeira frágil e sem lugar em residência, o Estado poderá dar um apoio cujo máximo é de 288 euros. Este apoio também é dado para outros pontos por país e vai variando, de acordo com o custo do alojamento.

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