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A Rússia vai deixar de emitir passaportes para os reservistas mobilizados pelo Exército, pode ler-se esta quarta-feira no portal informativo do governo russo, no momento em que milhares de pessoas procuram sair do país.

“Se um cidadão já foi convocado para o serviço militar ou recebeu uma convocação (para mobilização ou alistamento), o passaporte internacional será recusado”, anuncia o portal governamental, referindo que, nestes casos, “será feito um aviso ao cidadão para explicar o motivo da recusa e o prazo de validade dessa recusa”.

Os russos precisam de um passaporte internacional para viajar para a maioria dos países estrangeiros, embora se possam deslocar para países como Arménia, Bielorrússia, Cazaquistão e Quirguistão com um passaporte interno, equivalente a um cartão de identidade.

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O anúncio de restrições à emissão de passaportes internacionais ocorre quando muitos russos temem o encerramento da fronteira, no âmbito de uma campanha de mobilização de reservistas para enviar mais tropas para a Ucrânia.

O êxodo atingiu uma dimensão que obrigou os serviços de segurança russos a montarem um gabinete de mobilização móvel, na fronteira com a Geórgia, para intercetar aqueles que procuram sair do país.

O Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que apenas aqueles que já possuem experiência militar ou competências relevantes para o exército serão mobilizados, contudo, o recrutamento de idosos, doentes e estudantes, supostamente isentos, está a provocar mal-estar entre a população.