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A Organização Internacional para as Migrações (OIM) anunciou esta terça-feira ter começado a dar ajuda humanitária aos deslocados na região ucraniana de Kharkiv, onde vivem quase 400 mil pessoas sem água, eletricidade ou aquecimento para enfrentar o inverno.

“Pela primeira vez, desde o início da guerra na Ucrânia”, a OIM conseguiu dar assistência vital a comunidades “em desespero” que não tinham acesso a ajuda humanitária, anunciou esta terça-feira a organização das Nações Unidas, em comunicado.

De acordo com a OIM, há cerca de 400.000 deslocados internos em Kharkiv, região da Ucrânia ocupada pelos militares russos e que, face à contraofensiva de Kiev, foi anexada ilegalmente pelos russos na semana passada, com base nos alegados resultados de um referendo que a maior parte da comunidade internacional não reconheceu.

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“Milhares de pessoas permanecem sem água, eletricidade ou aquecimento, já que os sistemas existentes foram danificados pelos recentes combates”, sublinha a OIM.

“As nossas equipas de emergência foram as primeiras a chegar a essas áreas que sofreram combates incrivelmente pesados nas últimas semanas”, afirmou o chefe da missão da OIM na Ucrânia, Anh Nguyen.

As pessoas precisam urgentemente de todo tipo de assistência humanitária, principalmente para tornar as suas casas habitáveis durante o inverno rigoroso. Queremos aumentar a nossa resposta e garantir que ninguém fica para trás”, acrescentou.

De acordo com a organização, a OIM conseguiu entregar, entre 16 e 29 de setembro e em coordenação com outras organizações humanitárias, “mais de 30.000 itens de ajuda, levados em 23 camiões para cinco municípios da região de Kharkiv: Shevchenkove, Balakliia, Chuhuiv, Velykyi Burluk e Izum.

“A assistência inclui lâmpadas solares, roupas de cama, colchões, cobertores, kits de higiene familiar, além de lonas e ferramentas para ajudar as pessoas a preparar as suas casas danificadas para o inverno”, explicou.

De acordo com os dados mais recentes da OIM, dos mais de 6 milhões de deslocados internos na Ucrânia, 82% foram forçados a deixar as suas casas no leste e no sul do país.

Um total de 15% dos deslocados internos relata que os alojamentos onde se encontram não são adequados para o inverno.