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Decorreu esta terça-feira uma nova troca de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia, divulgou o chefe do gabinete do Presidente Zelensky, Andriy Yermak.

Numa publicação no Twitter, Yermak revela que foram libertados 32 soldados ucranianos e que foi devolvido o corpo de um cidadão israelita. “Todos tinham estado em lugares onde decorreram combates ferozes. Muitas destas pessoas tinham sido consideradas desaparecidas”, escreveu.

Nós trazemos os nossos de volta. Vamos recuperar todos”, garantiu numa outra publicação.

Por agora Moscovo não divulgou o número de soldados que foram libertados na troca.

No mês passado, Kiev e Moscovo já tinham realizado uma outra troca de prisioneiros. No total, foram libertados 205 soldados ucranianos, dos quais 108 do Batalhão Azov, 55 militares russos e também Viktor Medvedchuk, ex-deputado e aliado de Putin. As negociações permitiram ainda libertar 10 prisioneiros estrangeiros que estavam sob cativeiro russo, alguns deles já condenados a pena de morte.

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Medvedchuk, comandantes de Azovstal e 10 estrangeiros: Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros

Desde a libertação, surgiram vários relatos de maus tratos e tortura durante o cativeiro russo. O soldado britânico Shaun Pinner, de 48 anos, revelou que durante os seis meses em que esteve detido foi submetido a facadas e choques elétricos e que durante 24 horas era obrigado a ouvir música do Slipknot e ABBA em repetição. Ao jornal britânico The Sun contou que era espancado durante 20 minutos por dia e que os choques elétricos a que era sujeito duravam 40 segundos. Durante meses apenas comeu pão seco e bebeu água suja, passando por momentos aterrorizantes enquanto era alvo de chacota por parte dos combatentes russos.

“Nunca mais quero ouvir uma música dos ABBA”, soldado britânico conta como foi torturado às mãos dos russos