Uma empresa de robótica norueguesa captou imagens que mostram uma cratera com 50 metros de diâmetro num dos locais onde se registou uma explosão no gasoduto Nord Stream 1 que desencadeou uma fuga de gás natural no Mar Báltico. As imagens, captadas a 80 metros de profundidade pela Blueye Robotics, foram noticiadas esta terça-feira pelo Expressen, um tabloide sueco.

O vídeo, colocado nas redes sociais, revela as fissuras que cicatrizam o solo marítimo e uma grande cratera, com pelo menos 50 metros de diâmetro, nas tubagens do gasoduto, que conduzia gás natural desde a Rússia até à Alemanha através do Mar Báltico. O conteúdo “documenta longos rasgos no fundo do mar antes de atingir o tubo de aço reforçado com cimento”.

A 26 de setembro, quatro explosões na estrutura do Nord Stream — duas no gasoduto número 1 e outras duas no gasoduto número 2 — provocaram uma das mais preocupantes fugas de gás natural de que há registo. As explosões foram captadas por sismógrafos, que detetaram abalos de magnitude entre 2 e 3 na escala de Richter. Ainda não se sabe a causa das denotações, mas a Europa suspeita de sabotagem russa. E a Rússia nega todas as acusações.

Em entrevista ao Expressen, citada pela BBC, Trond Larsen, operador de drones, defendeu que “apenas uma força extrema pode dobrar metal tão espesso da maneira que estamos a ver”. O especialista descreveu que, além dos danos encontrados nos braços do gasodutos, há frações inteiras no Nord Stream que desapareceram ou ficaram enterradas na areia, no fundo do mar. Embora a Rússia não forneça gás natural desde agosto, em resposta às sanções impostas pelo ocidente por causa da invasão da Ucrânia, essas fendas estão a libertar o combustível que estava parado no interior.

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