Com 7430 veículos vendidos até Setembro, tudo indica que a Lamborghini se prepara para bater um novo recorde de vendas em 2022. Depois de ter comercializado 8405 unidades em 2021, o construtor italiano está em vias de se aproximar das 10.000 unidades no final do ano, a manter-se a média actual.

No mix de vendas, apesar de a marca transalpina ter prometido nunca permitir que o Urus ultrapassasse mais de 50% do total de veículos vendidos, para não beliscar a imagem de fabricante de superdesportivos baixos e ágeis, o SUV representou cerca de 65% do total de vendas nos primeiros nove meses de 2022. Ainda assim, desconhece-se se a capacidade de produção instalada dos coupés superdesportivos é inferior à dedicada ao SUV, o que poderá explicar o crescente peso do Urus na gama.

O CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann, não tem dúvidas quanto à capacidade da marca que dirige de ultrapassar os valores do ano anterior. “Não temos uma desaceleração das vendas, antes pelo contrário, uma vez que em cada mês vendemos mais carros do que os que conseguimos fabricar”, afirmou à ABC. Em declarações à Fox Business, Winkelmann avançou ainda que o facto de a marca de Sant’Agata Bolognese ter “um forte caderno de encomendas, vai ajudar a Lamborghini a navegar todo o ano de 2023 a produzir no máximo, independentemente das dificuldades que o próximo ano possa trazer”.

Lamborghini já tem data para o primeiro eléctrico. E para os PHEV

Stephan Winkelmann referia-se às encomendas que a Lamborghini tem em carteira, que deverão ocupar a fábrica, no máximo da sua capacidade, durante os próximos 18 meses. Curiosamente, 2023 será também o ano em que serão revelados os próximos Huracán e Aventador electrificados e, só em relação ao sucessor do Aventador V12, o CEO confirma que a marca já recebeu 3000 encomendas, colocadas por clientes especiais a quem o superdesportivo híbrido já foi mostrado.

Em relação às quebras na produção por falta de chips e cablagens, Winkelmann assegurou que, até agora, a Lamborghini não teve que reduzir minimamente o ritmo de fabricação, chegando mesmo a aumentá-lo, para fazer face às encomendas. Contudo, “de início, sentimos algumas dificuldades com um grande fornecedor que temos na Ucrânia, mas devido à sua coragem, recuperámos todos os atrasos e nunca tivemos de armazenar carros novos com falta de peças”, recorda.

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