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A Ucrânia não precisa somente de vencer, precisa de justiça, sublinhou a primeira-dama ucraniana, Olena Zelenska, durante um discurso no Parlamento britânico.

Ao contrário da sua intervenção perante o congresso norte-americano, em julho, onde pediu o envio de mais armas para a Ucrânia, a primeira-dama apelou desta vez à criação de um tribunal internacional para julgar os crimes de guerra russos.

Em Westminster, denunciou a “sistemática violência” das forças russas em muitas cidades e localidades ocupadas na Ucrânia, onde já foram identificados milhares de crimes. Voltou a chamar a atenção para a violência sexual perpetrada pelos russos, um dos principais temas abordados durante a visita ao Reino Unido. “A vítima mais nova de violação [na Ucrânia] tem quatro anos e a mais velha 85”, afirmou.

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Olena Zelenska diz que mulheres dos militares os estão a encorajar a violar as ucranianas

Recebida entre os aplausos dos deputados britânicos, Zelenska disse que os ucranianos estão a passar por um terror semelhante ao vivido pelo Reino Unido durante o Blitz na Segunda Guerra Mundial. “Estamos a ouvir sirenes todos os dias. São idênticas àquelas ouvidas pelas gerações britânicas. Vocês não se renderam e nós também não o faremos. Mas a vitória não é a única coisa de que precisamos. Precisamos de justiça”, afirmou, citada pela Sky News.

Os ucranianos estão a enfrentar um terror com o qual se vão relacionar. As vossas ilhas sobreviveram a ataques aéreos idênticos aos que agora a Rússia quer usar para nos pôr de joelhos.”

Na segunda-feira, Zelenska esteve presente na Conferência sobre a Prevenção da Violência Sexual em Conflitos, onde acusou o Kremlin de patrocinar crimes sexuais em território ucraniano. Esta terça-feira, já tinha sido recebida pela Rainha consorte, que organiza esta noite um evento com o intuito de consciencializar para a violência contra mulheres e raparigas.

The Queen Consort Hosts A Reception To Raise Awareness Of Violence Against Women And Girls

Desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro, Zelenska tem representado a Ucrânia em várias visitas a países aliados, uma vez que o marido e Presidente Volodymyr Zelensky não sai do país. A primeira-dama tem usado a sua voz para chamar a atenção para os custos humanos na guerra e manter as relações com líderes mundiais em visitas diplomáticas.