É um registo inédito: pela primeira vez na história da Taça da Liga, uma equipa venceu três jogos da mesma edição da competição por uma diferença de cinco ou mais golos. O responsável é o Sporting, que esta segunda-feira goleou o Sp. Braga em Alvalade depois de já ter derrotado o Farense e o Marítimo por números expressivos na fase de grupos.

Alerta verde para chuva de golos e vento de mudança (a crónica do Sporting-Sp. Braga)

A vitória perante os minhotos significa que os leões estão apurados para a final four da Taça da Liga pela sexta vez consecutiva, sendo que conquistaram o troféu em quatro das últimas cinco presenças — incluindo nos últimos dois anos, ambos já com Rúben Amorim ao comando. O Sporting leva 11 vitórias seguidas na competição, algo que só o Benfica tinha alcançado em 2012 e 2016, e já quebrou o registo máximo de golos numa única edição da prova, com 18.

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Os leões vão agora defender o título em Leiria, numa final four onde ainda não conhecem nenhum adversário — mas onde já sabem que não vão encontrar o Sp. Braga, que eliminaram, ou o Benfica, que caiu na fase de grupos. Após o apito final, na zona de entrevistas rápidas, Rúben Amorim destacou principalmente a eficácia da equipa nos primeiros minutos do jogo. “Já temos começado jogos desta maneira e às vezes a bola não entra mas desta vez entrou”, começou por dizer.

“Também quero dizer que a diferença entre as equipas não é esta, nem de perto nem de longe. Nós sabemos disso. Tivemos uma entrada muito forte, quisemos marcar e, principalmente, fomos muito competentes a defender. A primeira parte correu muito bem. Na segunda parte gerimos também porque não conseguimos manter o ritmo e isso é algo que preocupa sempre o treinador. Os jogadores estão de parabéns porque fizeram um excelente jogo”, acrescentou o treinador leonino.

Mais à frente, Amorim comentou o facto de ter um registo muito positivo na Taça da Liga, tendo já conquistado o troféu em três ocasiões — uma com o Sp. Braga, duas com o Sporting. “Para já, tenho tido sempre boas equipas e isso torna tudo mais fácil. Eles têm correspondido em particular nesta competição, em que temos vencido todos os jogos. Não interessa vencer os jogos todos e depois chegar à final four e não vencer. O que está para trás já não conta. O que queremos é vencer a Taça da Liga”, atirou, sublinhando a importância de os leões ainda não terem sofrido qualquer golo na atual edição da prova.

“É o mais importante para mim, talvez. As ocasiões já as estávamos a criar. Quando marcamos, o treinador fica satisfeito porque tornamos os jogos mais fáceis. Os adversários têm de ir para cima da nossa equipa. Somos muito competentes a defender. Somos mais rigorosos do que aquilo que éramos. Portanto, o mérito está mais do lado dos jogadores”, explicou Rúben Amorim, terminando com o presente que vai pedir ao Pai Natal este ano.

“Para já, dava tempo aos jogadores para crescer. Isso é o principal. O que eu queria era explicar aos adeptos que este é um processo que ainda vai demorar tempo. Não sabemos o que vai acontecer na próxima época. Sabemos das nossas limitações e este grupo, esta equipa, tem jogadores muito jovens que vão precisar de tempo. Vamos ter dias muito bons como este porque o talento está lá mas vamos ter dias em que vamos sofrer. O que peço não são jogadores, peço paciência e tempo aos adeptos”, concluiu.