O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a deixar uma mensagem relativa a esta quadra festiva, mas os avisos, dias depois do ataque a Kherson que matou 26 pessoas, são sombrios e tudo menos natalícios, alertando para os perigos que podem ameaçar a Ucrânia nos próximos dias.

No habitual discurso noturno, este domingo, e lembrando que faltam poucos dias para acabar o ano, Zelensky avisa: “Temos de ter consciência de que o nosso inimigo tentará tornar este tempo obscuro e difícil para nós”.

“A Rússia perdeu tudo o que podia perder este ano. Mas está a tentar compensar as suas perdas com o regozijo dos seus propagandistas após os ataques com mísseis no nosso país”, avisa o líder ucraniano, deixando mais alertas: “Sei que a escuridão não nos impedirá de levar os nossos ocupantes a novas derrotas. Mas temos de estar preparados para todos os cenários”.

E pede à população que esteja atenta aos alertas de ataque aéreo por estes dias e procurem os “pontos de invencibilidade” (abrigos com serviços básicos) para se abrigarem. Com uma mensagem de apelo à união dos ucranianos: “Tomem conta de vocês e estejam prontos para ajudar os outros. Quando os ucranianos estão juntos e são gratos uns aos outros, não podem ser derrotados”.

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Zelensky grava mensagem num Natal “amargo”: “Vamos celebrar, como sempre. Sorriremos e seremos felizes”

Zelensky aproveita a mensagem de Natal para agradecer a todos os que “por esta altura e em todas as outras” estão a ajudar a Ucrânia, “a fazer tudo” para que os ucranianos possam viver. “A nossa vida, no nosso país”. E dedica vários parágrafos do discurso noturno a agradecer a todos os grupos e setores que estão a ajudar os ucranianos, dos soldados aos voluntários, dos médicos aos professores.

Nesta altura, lembrando também os que estão a doar sangue para os feridos em Kherson e os que estão a ajudar as vítimas dos últimos ataques na região. “Para salvar os feridos dos ataques de terroristas no Natal… Artilharia usada em ruas normais de Kherson… Selvagens”, remata Zelensky, prometendo que a Ucrânia irá encontrar “todos os assassinos russos”.