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Líderes das principais religiões e políticos defenderam esta quarta-feira em Lisboa a necessidade de diálogo entre todas as perspetivas para encontrar soluções para os conflitos globais, como na Ucrânia e em Gaza, mas também para a crise climática.

“Este fórum promove a colaboração entre diferentes comunidades”, afirmou o Imam da Grande Mesquita de Meca, Salih Bin Abdullah al-Humaid durante o Fórum Global do Diálogo, promovido pelo Centro Internacional de Diálogo (KAICIID), a decorrer em Lisboa esta quarta e quinta-feira.

“Temos todas as partes a defender uma verdadeira aliança, apesar das nossas diferenças culturais e religiosas”, elogiou no discurso.

Um encontro que o rabi-chefe da Polónia e membro do Conselho de Liderança Judaica-Muçulmana, Michael Schudrich, também elogiou, sublinhando que “seria impossível acontecer há alguns anos”.

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A necessidade de o fórum não servir apenas para debater conceitos, mas sim para inspirar ações foi defendida pelos vários intervenientes, com o antigo Presidente da Áustria Heinz Fischer a admitir que “a religião e a política podem colaborar para resolver conflitos” e que o diálogo da reunião “é muito importante” perante a guerra na Ucrânia, em Gaza e para outros conflitos em diferentes partes do mundo.

“A paz não é o nosso único valor, mas sem paz todos os outros valores ficam em risco”, disse.

Líderes mundiais islâmicos, judeus e cristãos estão reunidos esta quarta e quinta-feira na sede da Agência Europeia para a Segurança Marítima, em Lisboa numa conferência promovida pelo KAICIID – Centro Internacional de Diálogo.

Sob o tema “Construir alianças para a paz”, o Fórum Global do Diálogo conta com a presença de ex-chefes de Estado e de Governo e líderes religiosos, como o Iman de Meca, Salih bin Abdullah al-Humaid, o Mufti do Egito, Ibrahim Abdel-Karim Alam, o rabi-chefe da Polónia e líder judeu internacional, Michael Schudrich, e o patriarca da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, Bartolomeu I.

Para o patriarca ortodoxo Bartolomeu I, o evento deve destacar a necessidade de paz, mas sobretudo de sustentabilidade ecológica.

“Estamos preocupados porque estamos convencidos que a crise climática tem raízes profundamente espirituais”, disse, defendendo que preservar o ambiente e os recursos do planeta “não é uma moda, mas uma responsabilidade divina”.

Segundo adiantou, “todos os líderes religiosos têm a responsabilidade de alertar as congregações de que o planeta é sagrado e de que não pode haver indiferença e inação”.