O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que, “com os esforços certos”, 2023 marcará o fim do estado de emergência pública da Covid-19. No entanto, Tedros Adhanom Ghebreyesus avisa que a doença ainda continua a ser uma “ameaça” e permanecerá “sem dúvida” como um “tópico sério de discussão”. “Apesar de todos os progressos, a ameaça da Covid-19 persiste.”

Numa conferência de imprensa, o responsável máximo pela OMS disse, esta quarta-feira, que o “início de um novo ano em muitos países” oferece um “momento de reflexão e ambição”. “Ao quarto ano de pandemia, o mundo está num local muito melhor do que estava, devido à gestão dos cuidados de saúde, das vacinas e dos tratamentos”, assinalou, lamentando, ainda assim, que ainda existam “desigualdades no que toca ao acesso à testagem, tratamentos e vacinação”, o que origina que a “Covid-19 ainda seja um vírus perigoso para a saúde, para as economias e para as sociedades”.

“Todas as semanas, morrem aproximadamente 10 mil pessoas de Covid-19”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicando que a OMS está “muito preocupada com a atual situação epidemiológica, quer com a intensa transmissibilidade em várias partes do mundo, quer com as várias subvariantes que se estão a difundir rapidamente”.

Advertindo as autoridades chinesas, o diretor-geral da OMS mostra-se preocupado com a situação no país e reforçou o pedido que havia feito na semana passada: “Continuamos a apelar a que China divulgue dados fidedignos, rápidos e regulares sobre as hospitalizações e as mortes, assim como a sequencialização genética em tempo real”.

“A OMS está preocupada com o risco de vida na China e reitera a importância da vacinação, incluindo as doses de reforço, de maneira a proteger contra a hospitalização, doença severa e morte”, assinalou Tedros Adhanom Ghebreyesus, sublinhando ser “compreensível” que, tendo em conta a não divulgação de dados por Pequim, vários países “tomem passos para proteger os seus cidadãos”.

Para além disto, o líder da OMS chamou a atenção para a subvariante da Ómicron, a XBB.1.5, descrevendo um cenário em que existe um aumento da circulação da mesma “nos Estados Unidos e na Europa”. “A OMS está atenta e a avaliar os riscos desta subvariante”, concluiu.

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