A 19 de dezembro, o tribunal decidiu absolver João Carreira dos crimes de treino de terrorismo e de terrorismo na forma tentada, condenando o jovem apenas pelo crime de detenção de arma proibida, a dois anos e nove meses de prisão efetiva. Agora, o Ministério Público, “após análise da decisão”, recorreu para o Tribunal da Relação de Lisboa, avançou o MP ao Observador. João Carreira foi acusado pelo Ministério Público de preparar um ataque à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em fevereiro do ano passado.

Tentativa de ataque na Faculdade de Ciências. Tribunal absolve jovem do crime de tentativa de terrorismo e condena por posse de arma

Segundo a acusação, o Ministério Público considera que o jovem deveria ser condenado pelo crime de treino de terrorismo e, nas alegações finais, a procuradora Ana Pais disse não existir qualquer dúvida em relação à prática deste crime: “O Ministério Público não tem qualquer dúvida de que o arguido praticou um crime de terrorismo”. “O que ele pretendia era ser considerado um assassino em massa e ter os cinco minutos de fama. Ele pretendia matar pessoas, mas o objetivo do arguido era causar o pânico, era ficar famoso, era ser conhecido depois de praticar este ato”, acrescentou.

De acordo com a SIC Notícias, que consultou o recurso, o MP pede que João Carreira seja condenado pelo crime de treino de terrorismo, entendendo que ficou provado, durante o julgamento, que o jovem adquiriu conhecimento sobre o fabrico de explosivos, por exemplo. O MP pede uma pena de prisão efetiva de, pelo menos, três anos e meio.

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