A agência Lusa lança, esta quinta-feira, o Anuário Lusa 2022 com fotos e textos sobre os principais acontecimentos de 2022 e que este ano terá mais de duas dezenas de páginas dedicadas à guerra na Ucrânia. “Era importante dar um relevo especial à guerra na Ucrânia, que interrompeu anos de paz na Europa, pelo que publicamos um caderno adicional de 24 páginas sobre este tema”, afirmou Joaquim Carreira, presidente do Conselho de Administração da agência Lusa, que sublinha que o livro “reflete o melhor do que a agência faz de jornalismo de qualidade, diária e incessantemente”.

Ao Observador, a diretora de informação da Lusa, salientou que a opção de tratar a guerra num caderno separado foi tomada já que de outro modo “todos os meses seriam dominados” pelo tema. Luísa Meireles lembrou ainda o início da cobertura da invasão por parte da agência: “Começámos a cobrir a Ucrânia e os ‘alvores’ da guerra ainda em janeiro. O nosso primeiro enviado, o Pedro Caldeira Rodrigues, foi em janeiro para o Donbass. Quando em fevereiro se começa a falar muito da possibilidade de haver guerra e da concentração de tropas na fronteira, voltámos a enviar o Pedro [para Kiev], e ele estava lá quando é desencadeada a guerra”.

No caderno dedicado à guerra, são publicados textos e fotografias dos enviados da agência nos primeiros meses do conflito – Pedro Caldeira Rodrigues, Henrique Botequilha, Miguel Lopes, Paulo Agostinho e Nuno Veiga.

O Anuário da Lusa, que já vai na sua 10.ª edição e se encontra em pré-venda no site da editora, “é uma pequena amostra de todo o trabalho anual, é suportado por excelentes fotos, magníficos textos, grafismo moderno, com conteúdos de multimédia com uma impressão cuidada e teve a colaboração de toda uma equipa de jornalistas fotojornalistas e equipas de suporte”.

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São 192 páginas, com 245 fotos, em que se recordam os principais acontecimentos em 2022”, sem esquecer “a maioria absoluta do PS, o aparecimento dos novo lideres no PSD e PCP, o infelizmente e cada vez mais presente agravamento da crise ambiental com a seca, os incêndios e inundações”, as eleições em Angola ou a morte da Rainha Isabel II, além dos casos que abalaram a sociedade portuguesa, como o processo por pedofilia na igreja portuguesa, acrescentou.

A escolha dos temas em destaque incide em critérios editoriais definidos pela direção de informação. “Às vezes acontece haver mais do que um acontecimento”, diz Luísa Meireles. Quando assim é, o fator de decisão passa sobretudo por encontrar “um equilíbrio entre o acontecimento que consideramos importante e a melhor foto para o ilustrar”, atendendo ao caráter sobretudo fotográfico do anuário. Até porque, conta a diretora de informação da Lusa, “muitas vezes acontece não temos uma boa foto que exemplifique os acontecimentos”.

Apesar de este ser o 10.º Anuário da Lusa, é apenas o segundo, depois da edição de 2021, a estar disponível ao público. “Até ao ano passado era apenas uma ‘publicação de prestígio'” explicou a diretora de informação da Lusa, acrescentando que “é vocacionado para um tipo de público que, para já, se interesse por estes assuntos, e que também tenha de certo modo alguma apetência fotográfica” — em particular pelo fotojornalismo.

O anuário vai ser comercializado, tanto online como nas livrarias, numa versão bilingue, português e inglês, editado pela Alêtheia Editores. O lançamento da obra será feito no El Corte Inglês, em Lisboa, em 9 de fevereiro, com apresentação de Bernardo Pires Lima, e no Porto será em 16 de fevereiro, por José Pacheco Pereira, na FNAC do Norte Shopping. Tal como no ano passado, uma seleção de 14 fotos vai integrar uma exposição itinerante efetuada pela FNAC em algumas das lojas da sua rede.