Os Estados Unidos continuaram, em fevereiro, a ser o principal fornecedor de gás a Portugal, responsável por mais de um terço do abastecimento, seguindo-se a Rússia e destacando-se o peso das interligações com Espanha, anunciou esta quinta-feira a ADENE.

Num boletim mensal do gás natural referente a fevereiro, a Agência para a Energia (ADENE) dá conta de que os Estados Unidos continuaram a ser o principal país no fornecimento de gás natural a Portugal, com uma quota de 37%, seguindo-se a Rússia (22,6%), Nigéria (20,3%) e o gás importado através das interligações com Espanha (20%).

“Destaca-se que um quinto do total do gás importado foi feito através das interligações com Espanha — gasodutos —, algo que não se verificava desde o final de 2018”, assinala a agência em comunicado.

Em fevereiro deste ano, o consumo de gás natural foi de 4.892 Gigawatt-hora (GWh), menos 1,5% face ao mês homólogo de 2022.

“O mercado elétrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de eletricidade, foi responsável por 48% do consumo, sendo os restantes 52% destinados ao mercado convencional”, indica a ADENE.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Dados da agência revelam também que o consumo de eletricidade ascendeu a 4.244 GWh em fevereiro deste ano, um acréscimo de 3,1% relativamente ao mesmo mês de 2022.

O abastecimento do consumo de eletricidade foi composto por fonte térmica não renovável 31,3% (essencialmente gás natural), hídrica 27,6%, eólica 27,5%, biomassa 5,7% e o solar fotovoltaico 5%.

Além disso, de acordo com a ADENE, o mês de fevereiro foi ainda marcado pela “forte queda da componente hídrica quando comparada com o mês anterior – 51,6% -, contudo, com uma percentagem bem superior ao mês homólogo, em que apenas contribuía com 5,1% do abastecimento de eletricidade”.