Os vereadores do PS denunciaram esta segunda-feira a existência em Braga de mais de uma dezena de escolas “cheias de problemas”, exemplificando com baldes para aparar a chuva ou com professores que levam aquecedores de casa para combater o frio.

Na reunião quinzenal do executivo, o vereador socialista Artur Feio aludiu a situações “muito degradantes” e acusou o executivo de se limitar a fazer intervenções “numa lógica de tapar o buraco, de esconder o problema e solucionar a curto prazo”.

“Não há lógica integrada de intervenções planeadas”, apontou.

Na resposta, a vereadora da Educação, Carla Sepúlveda, disse que a maioria está “consciente” dos problemas e que estão a ser calendarizadas as intervenções “mais importantes e urgentes”, para que no início do próximo ano letivo as escolas possam abrir “em segurança”.

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Lembrou ainda que o último inverno foi “muito rigoroso” e agravou as condições de algumas escolas, obrigando a intervenções de emergência para colmatar as situações mais graves.

Os socialistas aludiram a situações como a necessidade de colocar baldes para aparar a água da chuva, plásticos para evitar que a água caia da mesa, problemas com o aquecimento, caixilharias com muito pouca calafetagem e professores de levam aquecedores ou radiadores de casa para aquecer as salas.

Denunciaram ainda a existência de escolas, designadamente a da Sé, com o pavimento em madeira “todo levantado” e onde há “perigo de eletrocussão”, por causa da humidade que corre pelas paredes.

“É completamente surreal, e não estamos a falar de uma ou duas escolas, mas em para cima de uma dezena, todas cheias de problemas”, referiu Artur Feio, adiantando que esta é uma realidade que se regista “há mais de seis ou sete anos”.

Segundo o vereador, a maior parte das escolas tem problemas ao nível das coberturas, pelo que as obras deveriam ser feitas “com tempo bom”.

“Devia começar agora, nomeadamente nas paragens escolares, e o que vemos é que não há intervenções previstas, tudo se vai manter”, criticou.

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A vereadora da Cultura contrapôs que as intervenções estão a ser calendarizadas, vincando, designadamente, a aposta no aquecimento e nas cozinhas. As outras serão concretizadas “dentro das possibilidades”, para que no início do próximo ano letivo as escolas “abram em segurança”.