A maneira como Graham Potter foi contratado como sucessor de Thomas Tuchel quase pareceu enganar pela forma como foi ponderada e processada pelo Chelsea. Acabado de sair de um mercado onde foi dos maiores compradores da época, Todd Boehly e restante nova administração não quis cair na tentação de ir pelo nome e pelo currículo e olhou para a ideia, para o projeto, para uma construção a médio prazo. Por isso, e mesmo tendo nomes sem trabalho como Zidenine Zidane ou Mauricio Pochettino, optou por Graham Potter, que liderava a equipa da moda da Premier League. Pagou 24,3 milhões de euros ao Brighton pelo acordo, assinou um contrato a médio/longo prazo, apostou num conceito de raiz. Sete meses depois, foi despedido.

O favorito ganhou mesmo a corrida: Graham Potter sucede a Thomas Tuchel e é o novo treinador do Chelsea

“Em nome de todos no clube, queremos agradecer sinceramente a Graham pela sua contribuição no Chelsea. Temos o maior respeito por Graham como treinador e como pessoa. Ele sempre se comportou com profissionalismo e integridade e estamos todos desapontados com este fim”, explicou o comunicado oficial que foi assinado pelos proprietários que sucederam a Roman Abramovich, Todd Boehly e Behdad Eghbali, apenas 24 horas depois de mais uma derrota em Stamford Bridge frente ao Aston Villa.

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Os jogadores ainda foram defendendo o treinador e o tempo que um projeto demora sempre a ser enraizado, tendo também presente as oito contratações feitas pelo Chelsea no mercado de inverno onde gastou mais de 300 milhões de euros, mas os números mostraram que qualquer varinha que Potter tivesse não estava a fazer qualquer magia nos blues: em 31 jogos, ganhou apenas 12 e perdeu oito (empatou os outros 11), teve quase tantos golos marcados como sofridos (33-31) e saiu com a percentagem mais baixa de vitórias no clube este século. O único ponto alto foi a passagem aos quartos da Champions com o B. Dortmund.

Agora, a equipa que ocupa o 11.º lugar da Premier League ficará com Bruno Saltor como técnico interino. No entanto, começam a surgir já nomes de possíveis sucessores e com Julian Nagelsmann no topo das hipóteses para assumir já o comando dos londrinos após ter saído do Bayern. E com duas curiosidades: o alemão é o treinador mais caro da história do futebol, com os bávaros a pagarem 25 milhões de euros em 2021 ao RB Leipzig, e pode tentar repetir o feito de Thomas Tuchel, o seu sucessor nos germânicos que também chegou a Stamford Bridge após ser despedido do PSG e terminou a época como campeão europeu.