O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, assegurou esta terça-feira que a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai ser cumprida na totalidade na região, apesar da “burocracia bizantina” do Governo da República.

“A Madeira tem uma tradição de cumprir integralmente os fundos comunitários e aproveitar de forma exaustiva e não vamos alterar, apesar da burocracia bizantina que tivemos de enfrentar em Lisboa“, afirmou Miguel Albuquerque.

O presidente do Governo madeirense falava aos jornalistas à margem da apresentação do projeto de construção de um novo lar para idosos da Associação de Socorros Mútuos 4 de Setembro de 1862, que terá financiamento do PRR.

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Miguel Albuquerque referiu que, para aprovar a construção de habitação ao abrigo do PRR, a região enfrentou “um conjunto de empecilhos e impedimentos por parte do Governo [da República]” que provocou atrasos nos projetos.

“A burocracia em Portugal é uma centopeia, que tem várias cabeças e várias patas, ou seja milhares, e as coisas nunca andam. É tudo uma complicação, as coisas vão girando em torno de formalismos idiotas, portanto, as coisas atrasam-se sempre“, apontou.

“Mas, neste momento, está tudo a correr sobre rodas e vamos executar plenamente esses fundos comunitários”, assegurou.

Fonte da presidência regional indicou que o PRR regista atualmente uma execução de 36%. A estrutura residencial para idosos apresentada esta terça-feira vai dispor de 24 quartos, num total de quatro pisos, e capacidade para 44 utentes.

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De acordo com a presidente da associação, Teresa Esmeraldo, o novo lar representará um investimento total de 4,1 milhões de euros, dos quais 3,8 são financiados pelo PRR. O início da obra está previsto para o último trimestre deste ano e a conclusão para o verão de 2025.