Foi a terceira vitória do Benfica frente ao Estoril na presente temporada entre Liga e Taça de Portugal, foi o 53.º encontro consecutivo sem derrotas dos encarnados frente aos canarinhos, mesmo sendo pela margem mínima foi sobretudo o balão de oxigénio que a equipa da Luz mais precisava. Num encontro onde falhou uma grande penalidade (João Mário), o líder quebrou uma série de quatro encontros seguidos sem triunfos entre Campeonato e Liga dos Campeões e conseguiu segurar os quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto a cinco jornadas do final da prova. Esse era o principal objetivo, esse foi o principal destaque.

O autocarro do 38 entrou nos eixos à boleia de um miúdo de 18 anos (a crónica do Benfica-Estoril)

“Estamos muito felizes. É sempre bom ganhar jogos, é uma boa sensação, principalmente depois de algum tempo sem vencer. A equipa mostrou uma boa atitude, muita qualidade. Podíamos ter facilitado marcando mais cedo. Marcámos um, se não marcamos o segundo temos de ser disciplinados e fomos. Não demos oportunidades ao adversário. Foi uma vitória justa, depois de uma semana complicada”, começou por destacar Roger Schmidt na zona de entrevistas rápidas da BTV, antes de, pela primeira vez nesta fase final do Campeonato, fazer as contas rápidas para os encarnados chegarem ao título esta temporada.

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“Todas as vitórias são importantes. Faltam cinco jogos, temos de ganhar quatro deles. A dinâmica da equipa mudou, vi uma dinâmica positiva e os jogadores a lutarem pela equipa”, realçou o técnico alemão após o segundo jogo da temporada no Estádio da Luz que terminou com apenas um golo depois do triunfo dos encarnados frente ao Portimonense que se seguiu à primeira derrota no Campeonato em Braga.

Nem tudo foi perfeito. No dia em que o Benfica se tornou a equipa com mais grandes penalidades a favor no Campeonato sem que tirasse rendimentos desse dado estatístico (João Mário permitiu a defesa a Figueira, naquele foi o terceiro castigo máximo falhado na Liga) e em que Gonçalo Ramos prolongou a atual série sem marcar para cinco encontros consecutivos, David Neres coroou uma grande exibição com a 13.ª assistência da época (sétima na Liga) e Otamendi marcou o primeiro golo no Campeonato e segundo da temporada, voltando a ser decisivo no resultado de um jogo cinco anos após um dérbi entre City e United.

“Sabíamos que ia ser um jogo difícil, que tínhamos de nos impor desde o início até final, foi o que fizemos e conseguimos os três pontos. Prémio de MVP do jogo? Senti-me muito bem. Sabia que ia ser difícil e que tinha de dar o máximo desde o início. O prémio é coletivo, a equipa entrou com o mesmo espírito que eu”, comentou o brasileiro David Neres, que voltou às opções iniciais, na flash interview da BTV.

“Foi muito importante. Toda a gente sabe das nossas ambições, queremos ser campeões e faltavam seis jornadas. Era crucial vencer e convencer. Foi isso que fizemos e quem quer ser campeão tem de vencer estes jogos. Os jogadores estão alegres e aliviados e também acho que eles jogaram bem. Não é só a vitória que conta, também o estilo de jogo e a abordagem. Foi um bom dia. Arbitragem? Gosto mais da questão do estilo do árbitro. É preciso que exista uma linha definida dentro do jogo mas prefiro que exista contacto. Se se apitar qualquer contacto, qualquer queda, fica difícil jogar com intensidade, como gostamos. Nós queremos ganhar bolas e não dá para fazer isso sem tocar no jogador. O árbitro definiu uma linha e foi coerente, eu prefiro uma parte mais física, mas temos de aceitar. Também é preciso adaptar o estilo de atacar à arbitragem. Sobre a arbitragem no jogo do FC Porto, nada a dizer”, disse depois Schmidt na conferência.