“A FoxNews Media e Tucker Carlson concordaram em separar-se.” O comunicado da estação televisiva é curto, e surge dias depois de a Fox ter pagado mais de 700 milhões de euros em indemnização à empresa de tecnologia eleitoral para evitar ir a julgamento num processo de difamação. “Agradecemos-lhe pelo seu serviço à estação como apresentador e, antes disso, como colaborador”, lê-se no comunicado.

No mesmo documento, a Fox deixa claro que o último programa apresentado por Tucker Carlson foi na sexta-feira, 21 de Abril. O programa continuará a ir para o ar, ao vivo, num esquema de rotação de apresentadores, até que seja encontrado um substituto.

“O Fox News Tonight vai para o ar, ao vivo, às 20h desta segunda-feira (Eastern Time, 1h00 de terça-feira em Lisboa) começando, já esta noite, com um programa provisório dirigido rotativamente por personalidades da Fox News até que um novo apresentador seja nomeado”, acrescenta a estação.

O programa de Carlson — que ainda não comentou a sua saída — tinha uma média de 3,5 milhões de telespectadores. No entanto, era uma das principais testemunhas no caso em que a Dominion acusava a Fox de difamação, e, durante o seu testemunho, várias polémicas surgiram. A Dominion Voting Systems acusava Carlson e outros apresentadores de saberem que as alegações de Donald Trump, antigo Presidente norte-americano, sobre fraude eleitoral eram falsas, mas fomentaram essa ideia.

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Fox News paga mais de 700 milhões de euros para evitar ir a julgamento por declarações falsas sobre eleições de 2020

Como o Observador escreveu, o acordo foi um dos maiores de sempre na história da justiça norte-americana para evitar ir a julgamento: 717,9 milhões de euros. A Dominion — fabricante das máquinas de voto eletrónico usadas nos EUA — considerou que a Fox News fez uma cobertura danosa do ato eleitoral, em que Trump perdeu para Joe Biden, e que foi responsável por propagar teorias da conspiração.