O presidente do Grupo Águas de Portugal garante que “não vai faltar água na torneira este ano” apesar da seca que se vive no país, onde 36% do território está em seca severa ou extrema, sobretudo no sul.

Em entrevista ao programa Conversa Capital, do Negócios e da Antena 1, José Furtado disse que se for preciso tomar medidas excecionais, o Grupo estará apto. “Podemos afirmar, com a informação disponível, que não vai faltar água na torneira este ano. O ano passado foi bem mais gravoso. Esse é um compromisso assumido pelo Grupo Águas de Portugal há décadas”, afirmou.

No ano passado, em que a situação foi pior do que a atual — que ainda assim é crítica —, foram tomadas medidas de sensibilização pública e “medidas de contingência que protegeram as reservas estratégicas do país” e deram resposta às “necessidades pontuais”de alguns locais. José Furtado sublinha que está a ser feito tudo para que esteja “garantida a estabilidade do fornecimento”. Este ano poderão vir a ser introduzidas mais medidas “sempre que for necessário”.

Na semana passada, o Governo tomou medidas restritivas ao consumo de água no sotavento algarvio e estabeleceu a meta de redução em 15% do consumo da água das massas subterrâneas no Algarve. Foi decidido reduzir em 20% a quota de água para a agricultura nas barragens de Odeleite e Beliche, e reduzir também em 20% a água utilizada nos campos de golfe.

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O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, garantiu, porém, que em 2023 “não faltará água nas torneiras” dos portugueses.

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