O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou esta terça-feira que a destruição parcial da barragem hidroeléctrica de Kakhovka, no sul do país, não alterou os planos da contra-ofensiva preparada há meses pela Ucrânia.

“A explosão da barragem não afetou a capacidade da Ucrânia de liberar os seus próprios territórios”, disse Zelensky no Telegram após uma reunião com a equipa, depois da explosão na barragem no rio Dniepre, cuja autoria gerou trocas de acusações entre Kiev e Moscovo. “O estado de prontidão [das tropas] é máximo”, acrescentou o presidente.

A barragem de Kakhovka é uma estrutura fundamental no sul da Ucrânia que fornece água à Crimeia, a península anexada pela Rússia em 2014.

Considerada no início da invasão como um alvo prioritário para os russos, esta barragem hidroelétrica no rio Dnipro está agora na linha da frente entre as regiões controladas por Moscovo e o resto da Ucrânia.

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O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) vai reunir de urgência para abordar a explosão na barragem ucraniana.

Tanto a Ucrânia como a Rússia solicitaram uma reunião do órgão máximo de decisão das Nações Unidas para discutir a destruição parcial desta infraestrutura, que provocou uma situação de emergência na região ucraniana de Kherson. A reunião foi agendada para as 16h00 locais (21h00 hora de Lisboa).

Embora tenha mantido dezenas de reuniões sobre a guerra na Ucrânia desde que se iniciou a invasão russa, em fevereiro de 2022, o Conselho de Segurança da ONU permanece bloqueado sobre o tema devido ao poder de veto detido pela Rússia, um dos cinco membros permanentes do órgão.