Se ia ser tão intenso e renhido como o último? Não havia como saber antes da bola começar a voar de mão em mão. Se ia ser tão decisivo? Sem dúvida. Há menos de um mês, Sporting e FC Porto decidiram o primeiro lugar do campeonato. Os azuis e brancos venceram no Dragão Arena por 30-29 o que valeu aos comandados de Magnus Andersson a conquista do primeiro lugar, ocupado pelos leões até três jornadas do fim. A partir daí, os dragões não mais largaram a liderança e sagraram-se tetracampeões nacionais.

“Vivemos aquele momento da forma que devíamos ter vivido. Foi um bom festejo, à nossa maneira. Festejámos muito, com imenso orgulho, e com muito sacrifício também, à imagem do que foi a nossa época. Foi um sentido de missão cumprida, pois era o nosso principal objetivo para esta época”, afirmou o jogador do FC Porto, António Areia.

Aos dragões não cai a coroa: FC Porto é tetracampeão de andebol e mantém dinastia viva

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Do clássico da meia-final da Taça de Portugal, jogado na Madeira, poderá sair o vencedor da competição que encerra a época. Num final four sem a presença do Benfica, eliminado pelo Sporting nos quartos de final, Marítimo e Póvoa discutiram entre si a outra vaga de acesso ao jogo decisivo com os insulares a levarem a melhor (28-21).

Entre Sporting e FC Porto há poucos segredos. “As equipas conhecem-se bem e todos os jogos são igualados e decididos no detalhe”, analisou o treinador do Sporting, Ricardo Costa. “É isso que poderá fazer a diferença, com o jogo a ser decidido nos últimos minutos. É importante estarmos concentrados do primeiro ao último minuto. Muitas vezes, não interessa termos mais sucesso na primeira parte se deixarmos de estar concentrados na segunda”.

Se se antevia uma partida equilibrada, o início de jogo quase deixava cair essa previsão por terra. O Sporting abriu com seis golos de vantagem. A meio a primeira parte, o treinador do FC Porto, Magnus Andersson, pediu o desconto de tempo que mudou tudo. Num ápice, os dragões encurtaram a diferença para um golo. Ao intervalo, o resultado era de 18-16.

Na segunda parte, as equipas não registaram grandes parciais, mantendo-se a vantagem de dois golos do Sporting até aos 13 minutos. Nessa altura, o FC Porto alcançou a liderança, obrigando Ricardo Costa a parar de imediato o jogo. No momentos decisivos, Kiko Costa foi obrigado a cumprir uma suspensão de dois minutos. Com o jogo empatado a 33, os dragões tiveram o último ataque, a 14 segundos do fim. Valeu a atenção do guarda-redes do Sporting, André Kristensen.

O jogo, tal como tinha acontecido na final da temporada passada que opôs estas duas equipas e que terminou com o Sporting a levantar o troféu, seguiu para prolongamento. Apesar de nos dez minutos adicionais ter sido o guarda-redes do FC Porto, Sebastian Frandsen, a brilhar, foi o Sporting quem acabou por cima. A equipa de Alvalade saiu para a pausa a perder por 36-35, mas foi a tempo de virar para 39-38, garantindo a hipótese de defender, contra o Marítimo, este domingo, o título que conquistou na época anterior.