O líder da oposição trabalhista no Reino Unido, Keir Starmer, exigiu este domingo eleições gerais antecipadas, após a demissão do ex-primeiro-ministro Boris Johnson do parlamento, que aumentou ainda mais as divisões dentro do partido conservador.

“Esta farsa tem de acabar. Os cidadãos já tiveram o suficiente” do Governo conservador, escreveu Keir Starmer no Twitter.

Rishi Sunak, o chefe do Governo que tomou posse em outubro, deve “convocar eleições e deixar o povo exprimir-se sobre os 13 anos de ação dos conservadores”, acrescentou o líder da oposição.

Os liberais-democratas exigiram igualmente eleições antecipadas. “Chegou o momento de os cidadãos terem oportunidade de se pronunciarem sobre este Governo conservador caótico”, disse Daisy Cooper, a chefe adjunta deste partido.

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Boris Johnson, que se demitiu de Downing Street em julho após uma sucessão de escândalos, anunciou na sexta-feira a renúncia ao mandato de deputado.

Boris Johnson renuncia ao lugar de deputado no parlamento britânico com efeitos imediatos devido ao caso “Partygate”

Outros dois deputados, entre os seus aliados próximos, demitiram-se igualmente do parlamento na sexta-feira e no sábado.

Numa longa declaração, acusou a comissão encarregada do inquérito parlamentar sobre o “partygate”, as festas realizadas em Downing Street, em violação das restrições ligadas à Covid-19, de querer expulsá-lo do parlamento. Disse que foi vítima de uma “caça às bruxas” e esmagou o sucessor, Rishi Sunak.

O ministro britânico da Energia, o conservador Grant Shapps, pediu este domingo para deixarem a comissão de inquérito “fazer o seu trabalho” e considerou que o mundo “virou a página” em relação à liderança de Johnson, em cujo executivo ocupou a pasta dos Transportes, entre 2019 e 2022.

“Ele próprio se eliminou da cena política atual ao demitir-se como membro do parlamento. Agora temos uma liderança excelente no Número 10 (de Downing Street, sede do Governo), com Rishi Sunak”, afirmou Shapps à Sky News.