O primeiro-ministro António Costa lembrou na manhã deste sábado as vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande, no dia em que se assinalam seis anos sobre a tragédia que tirou a vida a 66 pessoas.

“Curvemo-nos perante a memória das vítimas e expressemos sempre respeito pela dor das famílias”, escreveu António Costa na rede social Twitter. “Não há ano que passe que nos faça esquecer a tragédia dos incêndios de 2017”, sublinhou.

Depois das críticas ao facto de o memorial às vítimas ter aberto, esta quinta-feira, sem inauguração oficial, o primeiro-ministro escreve: “Concluída esta semana a obra projetada por Eduardo Souto Moura, em data a escolher pela Câmara Municipal e de acordo com as famílias, aí devemos homenagear permanentemente os que perdemos”.

António Costa diz que “a memória deve acima de tudo reanimar a determinação de prosseguir o trabalho de reforma estrutural da floresta e de recordar o dever de todos prevenirmos o risco de incêndio”.

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Montenegro e Rocha também assinalam data

Também o presidente do PSD Luís Montenegro recorreu ao Twitter para homenagear as vítimas. “Assinalam-se hoje 6 anos e o país não pode esquecer. Endereço a minha mais profunda solidariedade às vítimas e famílias de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera”, escreveu Montenegro.

Já o líder da Iniciativa Liberal (IL) desafiou o Presidente da República (PR) a não desistir dos territórios afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande 2017, no dia em que passam seis anos sobre a tragédia que vitimou 66 pessoas.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião na sede da Associação de Vítimas dos Incêndios de Pedrógão Grande (AVIPG), Rui Rocha lamentou que estejam por concretizar muitas das promessas e apelou a Marcelo Rebelo de Sousa para que “não desista daqueles territórios”.

O dirigente sublinhou: O PR “tem o poder de trazer a atenção que está a faltar a estes territórios e a estas pessoas”. “Aquilo que retiro do que tenho visto nestes dias é que o abandono [dos territórios afetados] está a acontecer e aconteceu vezes demais ao longo deste tempo e logo nos primeiros momentos a seguir à tragédia”, lamentou.

Para Rui Rocha, quem tem o poder político em Portugal e estava no poder quando a tragédia aconteceu “tem uma obrigação adicional de solidariedade” para com o território, as pessoas, “e manifestamente não está a cumprir”.