O ministro das Infraestruturas, João Galamba, assinou na quinta-feira um despacho que cria um grupo de trabalho para acelerar a eletrificação do terminal de cruzeiros de Lisboa com o objetivo de minimizar a poluição causada por estes navios.

O anúncio foi feito esta sexta-feira durante a assinatura de um protocolo entre a Câmara e o Porto de Lisboa para a instalação de um polo de empresas criativas e de inovação tecnológica ligadas à economia do mar na Doca de Pedrouços, na capital portuguesa.

O grupo de trabalho é coordenado pelo gabinete do ministro, tem um representante do Porto de Lisboa, dois representantes da Câmara de Lisboa e um representante da E-REDES, disse João Galamba, salientando pretender “que Lisboa possa ter um terminal de cruzeiros 100% eletrificado o mais rapidamente possível”, com o objetivo de reduzir a poluição causada por estes navios de grande porte aquando da atracagem.

Atualmente, os navios de cruzeiro atracados em Lisboa estão com os motores ligados com energias fósseis, o que tem grande impacto na poluição da cidade.

O presidente da Câmara lisboeta, Carlos Moedas (PSD), salientou que a eletrificação do Porto de Lisboa para reduzir os níveis de poluição na cidade é essencial para a cidade, assim como o pagamento de uma taxa turística pelos turistas que visitam Lisboa nestes navios.

Hoje em dia, as pessoas pagam taxa turística nos hotéis e ainda não estão a pagar nos cruzeiros. Os cruzeiros têm que pagar taxa turística porque têm de contribuir para a cidade. Têm de contribuir para a limpeza da cidade. O turismo tem que contribuir para o bem-estar da cidade e, portanto, essa é outra frente que estou a trabalhar também com o Porto de Lisboa”, disse.

O Porto de Lisboa está em 5.º lugar no ranking das infraestruturas portuárias da Europa com maiores níveis de poluição associada a navios de cruzeiro, segundo um estudo divulgado pela associação ambientalista Zero.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR