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A Polónia deteve esta terça-feira 16 suspeitos de espionagem a favor da Rússia em operações de contraespionagem realizadas no contexto da invasão russa da Ucrânia, anunciou um porta-voz dos serviços especiais polacos.

As operações permitiram “identificar e prender agentes dos serviços secretos russos, como também desmantelar o “modus operandi” para tais atividades contra a Polónia”, disse Stanislav Zharin à comunicação social polaca.

Zharin referiu que a contraespionagem polaca consegue “descobrir eficazmente a forma como os russos operam“.

“Mas, infelizmente, é demasiado cedo para descansar sobre os louros. Os russos continuam a procurar formas de desestabilizar e enfraquecer a Polónia”, acrescentou.

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O anúncio ocorre numa altura de grandes tensões na fronteira com a Bielorrússia, país onde se encontram milhares de mercenários do grupo russo Wagner.

O Ministério da Defesa polaco anunciou esta terça-feira o envio de unidades militares adicionais para a fronteira com a Bielorrússia para reforçar a segurança.

Também o exército bielorrusso disse ter realizado esta terça-feira exercícios de tiro numa região que faz fronteira com a Lituânia e a Polónia.

No campo de tiro de Gozhsky, foi realizado um treino de tiro, durante o qual foi simulado um episódio tático com emboscadas”, disse o Ministério da Defesa da Bielorrússia nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.

O local situa-se perto da fronteira lituana e do “corredor de Suwalki”, uma estratégica faixa de território polaco com pouco menos de 100 quilómetros de comprimento entre a Bielorrússia e o enclave russo de Kaliningrado.

A Polónia e os Estados do Báltico (Lituânia, Letónia e Estónia) são membros da União Europeia (UE) e da NATO (sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A Bielorrússia, liderada por Alexander Lukashenko, apoia a guerra da Rússia contra a Ucrânia, desencadeada pela invasão lançada por Moscovo em 24 de fevereiro e 2022.

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Além das preocupações com o Grupo Wagner, a Polónia acusou a Bielorrússia e a Rússia de usarem migrantes e refugiados para desestabilizar o flanco oriental da NATO, considerando tratar-se de uma forma de “guerra híbrida”.

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“É uma operação organizada pelos serviços especiais russos e bielorrussos e está a tornar-se cada vez mais intensa”, afirmou o vice-ministro do Interior polaco, Maciej Wasik, na segunda-feira.