O emblema sobre o capot pode não dizer nada à maioria dos condutores, mas a Automobili Pininfarina já fabrica o Battista, um hiperdesportivo com o chassi e a mecânica do Rimac Nevera, sob uma carroçaria mais elegante e agressiva. De recordar que o Battista monta quatro motores eléctricos que, juntos, fornecem 1927 cv, o que lhe permite atingir os 100 km/h em 1,89 segundos, para depois continuar a acelerar até aos 412 km/h. E, em matéria de autonomia, a bateria com 120 kWh de capacidade garante 550 km entre visitas ao posto de carregamento. Proposto por 2 milhões de euros (antes de impostos), o Battista é bom e caro, mas pode considerar-se uma verdadeira pechincha face ao B95, a mais recente criação do construtor que tem 76% nas mãos dos italianos da Mahindra. Isto porque o Pininfarina B95 exige um investimento de 4,4 milhões de euros, a que é necessário somar as devidas taxas.

A denominação do novo hiperdesportivo eléctrico da Pininfarina é fácil de explicar: o “B” significa Barquetta (sinónimo de desportivo de estrada ou de competição aberto) e o “95” refere-se ao 95.º aniversário que a Pininfarina SPA vai celebrar em 2025. E será precisamente neste ano que as primeiras unidades do B95 serão entregues aos 150 clientes mais rápidos a materializar a encomenda, o que implica pagar 4,4 milhões de euros, valor a que é necessário adicionar os impostos referentes a cada país. Isto torna o B95 no veículo eléctrico mais caro do mundo e por cerca de mais do dobro do preço praticado pelo 2.º classificado deste invejável ranking, nomeadamente o Battista.

O B95 é, na realidade, um Battista (e por tabela, um Nevera) com outras roupagens, com a filosofia barqueta, com apenas dois lugares e praticamente sem pára-brisas, apesar de um fluxo de ar que entra por uma abertura na frente, para depois sair a meio do capot frontal, desviar grande parte do ar por cima da cabeça dos dois únicos ocupantes do habitáculo, sendo o fluxo regulado electronicamente. A questão é que, regra geral, este fluxo de ar não impede que as pedras atinjam a cabeça dos ocupantes, o mesmo acontecendo com os mosquitos, pelo que os utilizadores são aconselhados pelo fabricante a utilizar capacetes, especialmente numa utilização em pista. Depois, o prolongamento dos encostos de cabeça em fibra, além de resultarem bem esteticamente, evitam que turbilhões se formem atrás da cabeça, o que causaria desconforto e ruído.

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O B95 mantém a bateria com 120 kWh de capacidade e quatro motores eléctricos que asseguram 1400 kW de potência, cerca de 1903 cv, o que explica a capacidade de ir de 0-100 km/h em menos de 2 segundos, com a velocidade máxima a não superar os 300 km/h, só porque a isso está limitada.

Além da potência brutal, o B95 disponibiliza ao condutor cinco modos de condução (Calma, Pura, Energica, Furiosa e Carattere), que alteram a forma de “entrega” da potência, a reacção do modelo ao acelerador e à direcção, bem como a capacidade de intervenção da vectorização do binário, uma tecnologia que ajuda o condutor a manter o controlo sobre o desportivo agindo sobre o acelerador e os travões em cada uma das rodas, separadamente. O B95 será mais um dos modelos de sonho a revelar na Monterey Car Week.