O número de mortos na Grécia, na sequência das chuvas torrenciais e inundações dos últimos dias, subiu para seis, enquanto outras seis pessoas continuam desaparecidas, segundo o mais recente balanço das autoridades gregas. As inundações provocadas por fortes tempestades também atingiram os vizinhos Bulgária e Turquia, sendo que no total dos três países já morreram 18 pessoas.

As equipas de resgate turcas recuperarem esta quinta-feira o corpo de um homem, de 53 anos, que estava desaparecido desde que as inundações atingiram um parque de campismo perto da fronteira com a Bulgária, destruindo ‘bungalows’, elevando o total de mortos neste país para oito.

Na Grécia, mergulhadores e especialistas em resgate rápido na água foram destacados no terreno, enquanto residentes de algumas aldeias refugiavam-se nos telhados das suas casas, para escapar às cheias que atingiram mais de dois metros.

Cerca de 60 pessoas foram transportadas de avião para um local seguro, adiantou o corpo de bombeiros, incluindo algumas que referiram aos ‘media’ locais que passaram a noite e a maior parte do dia de hoje em telhados, sem comida ou água.

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Os helicópteros, que continuavam com as operações de resgate na área mais ampla de Karditsa, não conseguiram voar mais cedo devido aos relâmpagos frequentes, explicaram as autoridades.

Pelo menos três aldeias no centro da Grécia foram completamente isoladas pelas cheias, com os residentes a telefonar para estações de rádio para relatar o desabamento de casas e apelar ao resgate.

O mais recente balanço das autoridades gregas aumentou em dois o número de mortos.

Vassilis Kikilias, ministro da Crise Climática e Proteção Civil da Grécia, revelou que mais de 885 pessoas foram resgatadas até agora e seis foram dadas como desaparecidas.

Os militares adiantaram que mobilizaram mais de 25 barcos para resgatar pessoas presas pelas enchentes, enquanto sete helicópteros e um avião de transporte militar estavam de prontidão.

“O nosso país está a lidar, pelo terceiro dia, com um fenómeno como nunca vimos no passado”, realçou o porta-voz do governo grego, Pavlos Marinakis, observando que algumas áreas receberam mais que o dobro da precipitação média anual de Atenas no espaço de 12 horas.

O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, anulou uma visita que tinha programado para este fim de semana a Salónica (norte) para se concentrar na resposta à situação de emergência, indicaram fontes do Governo citadas pelo diário Kathimerini.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, de nacionalidade grega, confirmou que o executivo comunitário permanece em “estreito contacto” com as autoridades locais com o objetivo de contribuir para as operações de recuperação das zonas afetadas.

Este ano, a Grécia já recorreu ao mecanismo de proteção civil comunitário para responder à recente vaga de incêndios florestais.

*Notícia atualizada às 23h10 com novo balanço das autoridades