O ministro da Educação quer lançar um “debate ponderado” sobre o que “pode ser uma futura organização do ensino secundário”. Num artigo de opinião no Observador, João Costa explica que “o ensino secundário científico-humanístico está organizado em cursos relativamente estanques”, apesar de os anos terem, desde 2019, a possibilidade de “permutarem disciplinas entre cursos”.

Porém, defende, “o conhecimento já não está arrumado em gavetinhas de fronteiras bem delimitadas”. “Entender fenómenos como as alterações climáticas ou pandemias convoca conhecimentos de várias áreas disciplinares. Por este motivo, queremos lançar um debate ponderado sobre o que pode ser uma futura organização do ensino secundário”, afirma o governante.

Ao fazer um balanço do arranque do novo ano letivo, que diz ter arrancado “com a alegria normal do regresso às aulas” de mais de um milhão crianças e jovens, João Costa assinala as três áreas a que o Governo pretende dar particular atenção, além do ensino secundário: a transição digital, a recuperação das aprendizagens devido às marcas deixadas pela pandemia nos alunos e o ensino para os migrantes, com a necessidade de mais formação e apoios para a “inclusão de todos”.

Estes são apenas alguns exemplos de temas que afetam diretamente a aprendizagem e a inclusão dos alunos que nortearão a nossa ação durante este ano letivo”, garante o ministro da Educação.

Para terminar o artigo publicado esta quinta-feira no Observador, o governante deixou uma mensagem aos que “dizem que nada foi feito”, destacando 11 medidas que foram implementadas já este ano como, por exemplo, a “vinculação de mais de 8 mil professores, o valor mais alto desde que há registo, cumprindo o compromisso de combate à precariedade” ou a “alteração das condições para a vinculação, passando a reconhecer-se o tempo de serviço acumulado independentemente da natureza ou duração dos contratos”.

Na “maior parte” das medidas para o setor, afirma João Costa, “a decisão final incorporou sugestões dos representantes dos professores de forma bastante significativa”. “Sem intransigências, mas sempre com responsabilidade”, conclui.

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