No final da noite eleitoral, a cabeça de lista do PAN às legislativas da Madeira que foi eleita deputada, Mónica Freitas, admitiu que o seu partido não fechará portas a uma coligação pós eleitoral com o PSD e o CDS, que venceram as eleições sem maioria absoluta. Ao mesmo tempo, à rádio Observador a líder do partido, Inês Sousa Real, demonstrava disponibilidade do PAN “para ouvir” o PSD sobre soluções que deem “estabilidade” à região. O partido Pessoas Animais e Natureza, com um mandato conseguido, era suficiente para dar a Miguel Albuquerque o número de deputados de que este necessita para ter uma maioria na Assembleia Legislativa Regional.

Inês Sousa Real considera que uma maioria absoluta “não é saudável” e que o seu partido está disponível para aumentar a pluralidade “no contexto de reuniões entre partidos que são normais em democracia após resultados eleitorais”. “As portas estão todas abertas”, afirmou por seu lado Mónica Freitas, citada pela Lusa, aludindo à possibilidade de se coligar com o “Somos Madeira”, que ficou a um mandato apenas da maioria absoluta.

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O PAN “terá que pensar a sua decisão, mas para já é essa a mensagem que queremos transmitir”, afirmou Mónica Freitas, aos jornalistas no final do discurso com que celebrou a sua eleição e o regresso do partido à Assembleia Legislativa da Madeira.

O Compromisso partido “será sempre com os madeirense e os porto-santenses”, garantiu afirmando que seu objetivo é o de “poder defender” as causas que propôs ao eleitorado e garantindo que irá trabalhar no sentido de levar as suas propostas ao Parlamento.

Eleita hoje deputada na Assembleia Legislativa da Madeira Mónica Freitas celebrou, no deu discurso, “o poder do trabalho de equipa, da dedicação incansável e da crença inabalável” no projeto com que se candidatou.

“Obrigada por nos darem uma oportunidade de fazer diferente, por nos fazerem acreditar que é possível fazer política de outra maneira”, disse, sublinhado que “esta eleição é de todas as pessoas que se identificam com as causas e que querem vê-las representadas no Parlamento”.

Dedicando a eleição a “todas as pessoas que acreditam numa Madeira mais sustentável, justa, inclusiva e em que ninguém fique para trás”, prometeu ainda”trabalhar incansavelmente” para garantir que as propostas do PAN “são levadas ao Parlamento”, para que “seja dada voz a quem não tem voz”, e para que a oportunidade dada ao partido “seja aproveitada até ao fim do mandato”.

Esta é a quarta vez que o PAN concorre a eleições legislativas regionais na Madeira.

Nas primeiras eleições em que concorreu, em 2011, alcançou um mandato, mas nas seguintes falhou a conquista de mandatos, recuperando agora com a eleição de Mónica Freitas.