A Tailândia começou esta segunda-feira a aplicar a isenção de visto para viajantes da China, uma medida em vigor pelo menos até 29 de fevereiro, para reavivar o turismo, afetado pela pandemia da Covid-19.

O primeiro-ministro tailandês, Srettha Thavisin, recebeu no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Banguecoque, o primeiro grupo de turistas chineses isentos de visto.

Os viajantes chineses representaram quase um terço dos quase 40 milhões de turistas estrangeiros que a Tailândia recebeu em 2019, mas os números caíram devido à pandemia e não recuperaram como esperado após o fim das restrições às viagens.

A Tailândia, fortemente dependente do turismo, viu o número de viajantes estrangeiros cair para 428 mil em 2021, embora tenham recuperado para 11,2 milhões no ano passado, de acordo com dados oficiais do Ministério do Turismo e Desporto tailandês.

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No entanto, com a China ainda a impor um período de quarentena de até três semanas em instalações designadas a quem chegava ao país, apenas 273.567 turistas chineses chegaram à Tailândia em 2022, em comparação com 11,1 milhões em 2019.

A isenção temporária de vistos para chineses faz parte do plano do novo Governo tailandês, formado a 5 de setembro, para recuperar a economia do país, em recessão entre 2020 e 2021 devido ao impacto da pandemia.

A economia da Tailândia começou a recuperar em 2022, embora a um ritmo mais lento do que o previsto pelas autoridades.

O regresso em força do turismo e a recuperação do consumo, dos investimentos e das exportações são algumas das prioridades estabelecidas pelo novo Executivo, que assumiu o poder depois de quase quatro meses de impasse político no parlamento para a eleição do primeiro-ministro.

No início de fevereiro, Pequim voltou a permitir o turismo em grupo para cerca de 20 países, incluindo destinos como Tailândia ou Indonésia.

Portugal foi incluído no segundo lote, aprovado no mês seguinte, assim como Brasil, França ou Espanha, enquanto em agosto foi a vez da Guiné Equatorial, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

A China era o maior emissor de turistas do mundo até ao início da pandemia da Covid-19.