A polícia britânica está a investigar várias queixas feitas contra Russell Brand, por abuso sexual. A confirmação foi feita esta segunda-feira pelas autoridades, que acrescentaram ter também recebido “uma série de alegações de crimes sexuais cometidos noutros pontos do país” e que não são todas recentes — ou seja, algumas queixas referem-se a anos anteriores. “Vamos investigá-las”, acrescentaram, citadas pelo jornal The Guardian.

Tudo começou com uma investigação publicada no Sunday Times, posteriormente transmitida no Channel 4, que avançava que o comediante cometeu crimes de assédio sexual e de violação contra quatro mulheres. Os crimes terão sido praticados entre 2006 e 2013.

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Depois desta investigação, começaram a chegar à polícia britânica outras queixas, referentes aos mesmos crimes, apesar de não ter sido dada mais informação sobre as denúncias, como datas e locais.

“Continuamos a encorajar a contactar-nos quem acredita ter sido vítima de um crime sexual, independentemente de há quanto tempo foi”, acrescentou o responsável pela investigação, Adny Furphy. “Entendemos que pode parecer um passo difícil de dar e quero garantir que temos uma equipa especializada disponível para aconselhar e apoiar.”

Os programas de Russel Brand já foram retirados do Channel 4 e, mais recentemente, o seu canal de YouTube deixou de dar lucro, tendo esta plataforma suspendido “a monetização” do canal, por este não respeitar a política de responsabilidade. E os espetáculos de stand-up foram também suspensos pelos promotores.

“Se o comportamento de um criador fora da plataforma prejudicar os nossos utilizadores, funcionários ou ecossistema, tomamos medidas”, referiu um porta-voz do YouTube. E esta decisão aplicou, aliás, a “todos os canais que possam pertencer ou ser operados” por Russell Brand.